Capítulo 10

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Mina de ouro.

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Park Jiun

"Você é insano, meu desejo.
Um jogo perigoso, amor" -Love is madness, Halsey e thirty Seconds to mars.

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Depois de sair da Lótus, entro no carro com Je Ah e ele dirige rumo a empresa. Enquanto isso, ligo para o diretor do hospital onde Yuna está, para saber sobre ela.

--- Oi, Diretor Min. Como ela está? -Pergunto direto.

--- Está bem. Foi medicada e no momento está inconsciente. Logo acordará. -Respondeu ele me deixando mais aliviado. Não pude evitar soltar o ar que prendia meus pulmões. --- Senhor, estou curioso sobre uma coisa... Essa moça, é alguma parente sua?

Eu até entendo sua curiosidade pelo meu interesse nela, já que, todos sabem que eu não sou o tipo de homem que se apaixona, casa e forma uma família, mas eu odeio quando bancam o intrometido em meus assuntos.

--- Espero que faça o seu trabalho direito, doutor Min. Sendo minha parente ou não, eu jamais perdoaria erros ao confiar uma pessoa aos seus cuidados! -Cuspo com autoridade, colocando-o em seu lugar.

--- Me desculpe, senhor. -Falou nervoso.

Desliguei a chamada e pensei na pergunta que ele havia me feito. Fez eu me questionar o porquê exatamente, eu estava tão interessado nela. Desde o dia em que a vi no evento da Lótus e soube de que se tratava da neta de Kim Mo Sik, estou sempre preocupado, ordenando que meus homens a vigiem e sigam seus passos, porque a vontade de saber tudo, desde o dia que nasceu, até o que ela come no jantar, é mais forte do que eu.
É como uma obsessão, como se eu estivesse doente e ela fosse o único remédio a me curar.

--- Je Ah?

--- Sim, senhor! -Respondeu me olhando pelo retrovisor.

--- Você também está me achando estranho, né?! Sobre a ovelha. Pode falar...

Ele ficou quieto por um tempo, como se pensasse no que iria dizer.

--- Senhor, com todo respeito, mas sim. Todos nós estamos entranhando. É que, nunca nos pediu para vigiar e proteger uma mulher antes. E muito menos, uma missão como a de hoje... De resgata-la.

--- Eu também não me entendo, Je Ah. Mas, é como se eu conseguisse ver ouro nela. Sabe quando achamos um tesouro num local onde ninguém pudesse imaginar que tivesse? Pois é, é exatamente o que vejo nela. Mas não digo ouro de verdade, digo no sentido figurado... Já que se fosse o caso eu não precisaria de tanto...

--- Senhor! -Me chamou, interrompendo a minha fala.

Foi então que me dei conta de que estava tagarelando coisas desnecessárias feito um papagaio. Engoli seco e olhei Je Ah.

--- Acho... Que o senhor terá que descobrir sozinho a causa disso. Por mais que eu suspeite a respeito.

--- Suspeita? Como assim? O que acha que é? -Questiono curioso e agitado.

--- Está apaixonado.

Fico calado, sentindo minha garganta secar e meus lábios racharem. Aquela afirmação acertou em cheio o meu peito, como se Je Ah, tivesse disparado uma flecha em mim.

(...)

Encarava a vista de meu escritório, através da enorme janela que havia lá. Meus pensamentos vagavam por Yuna, e me perguntava o que exatamente era se apaixonar por alguém.
Isso nunca me havia acontecido, nem sequer ficava pensando em uma mulher, ao qual eu nem troquei mais que 50 palavras.

Lembranças do dia que a vi pela primeira vez no evento, me atormentam. Bastou um olhar. Bastou meus olhos caírem sobre ela que tudo isso começou. É assustador e incrível.
Inúmeras mulheres se ajoelharam para que eu me casasse com elas, mulheres lindas, milionárias... Mas Yuna, nem se deu ao trabalho de perguntar meu nome, foi eu quem disse por vontade própria.

Eu sentia como se um parasita faminto tivesse invadido meu corpo, e estava de alimentando de minhas fraquezas, me forçando a provar um pedaço de qualquer coisa que tivesse ao menos o cheiro de Kang Yuna. Mas, sinceramente, eu estava gostando. Era uma sensação nova, inédita e me deixava ansioso, além disso, ela era uma carta na manga contra Kim Mo Sik.

Meu celular vibra avisando uma notificação. O pego no bolso da calça e checo a mensagem, era um dos meus homens que vigiam Yuna, eles estavam no hospital de guarda, já que provavelmente, Mo Sik procuraria por ela.

Era uma foto dela andando pelo jardim do hospital, enquanto segurava a barra com o soro suspenso.
Apesar dos hematomas no rosto e a tristeza exposta nele, ela continuava linda, e ainda possuía a postura confiante de sempre.

--- Yuna é o tesouro que eu ainda não toquei. A quero para mim. -Digo, encarando a foto no celular.

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