Capítulo 22

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O conforto do sucesso.

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Kang Yuna

"Era uma vez, um vilão.
Quem é o vilão? Sim." - VILLAIN DIES, G(I-DLE).

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Sinto meu coração se despedaçar, assim que ele atravessa a porta. Eu entendo sua raiva e decepção comigo, mas não posso me deixar vacilar agora, que estou tão perto do meu maior objetivo.

--- O que houve? -Perguntou a senhora Shin, adentrando a sala.

--- Arrume suas coisas. Temos que ir para o Japão.

--- O que? Mas...

--- Agora, senhora Shin. -Digo firme, me levantando do sofá e andando até o quarto em que estou.

Enquanto guardava tudo, meus pensamentos não paravam de vagar por Park Jiun. Eu havia chegado onde queria com ele, e estava preparada para o momento em que descobrisse sobre mim, então por que me sinto tão triste?

Pensar que enganei ele depois de ter me ajudado tanto, me deixa angustiada.
Tento afastar tais pensamentos, e vou até a penteadeira, abro a gaveta e encontro uma foto de Park Jiun, o que me deixa imersa na imagem.

--- Vocês dois brigaram? -Perguntou Mina, aparecendo do nada.

--- O que? Claro que não. Uma hora teríamos que seguir em frente. -Respondo, escondendo a foto.

--- Pelo jeito que você o olhava, não parecia que queria que fosse assim.

--- Senhora Shin...

--- Yuna! -Me interrompeu. --- Eu troquei suas fraldas, alimentei você, te aqueci com meu calor quando ainda era um bebê. Te levei e busquei na escola, te ajudei com as tarefas de casa e fiz todas as refeições que te ajudou a crescer, e se tornar a mulher que é hoje. Acha que eu não sei o que se passa aí dentro? -Indagou me olhando fundo nos olhos.

--- Então a senhora deve saber o quão importante para mim, é tomar posse da minha herança. -Retruco firme.

--- Eu sei que é. Mas também sei, que o dinheiro não vai vencer seu coração.

--- Se já arrumou tudo, vamos! -Digo ignorando completamente, sua fala, lhe dando as costas.

Seja lá o que eu estivesse sentindo por ele, eu não cheguei até aqui, para permitir que tudo se desmanche ou que eu permita fraquezas virem a tona.

(...)

Dois dias depois...

Tókio, Japão.

Sob a escolta da equipe do banco, sou levada até o cofre que me pertence.
Os corredores eram feitos com paredes de pedra, e as portas, eram aço puro.

---- Aqui senhora. A senhora pode colocar sua senha ali, e lá dentro a máquina irá escanear o seu rosto. Só podemos te acompanhar até aqui. -Disse um dos guardas.

--- Entendi, obrigada!

Faço o procedimento e entro, após digitar a senha. Havia uma segunda porta, com um material ainda mais resistente, e uma telinha do lado, onde provavelmente, era para posicionar meu rosto.

--- Acesso aceito. Bem vinda, senhora Kang! -Disse a máquina, abrindo a porta.

Encaro o lado de dentro do cofre, e abro a boca perplexa com a cena que vejo lá. Haviam centenas de barras de ouro, empilhadas e bem organizadas, no meio da pequena salinha.

--- Então, não eram vinte bilhões em dinheiro... Eram barras de ouro...

Me aproximo e toco uma delas, conferindo a veracidade. Era lindo e reluzente.

--- Acho que não vai dar para carregar isso. -Digo rindo.

E foi a partir desse dia, que eu iniciei os meus planos.

No dia seguinte, retornei a Coréia e contratei o melhor advogado do país. Contei a ele minha situação e mostrei meu diagnóstico verdadeiro, comprovando que não possuía nenhum transtorno mental.
Em seguida, recrutei homens e subordinados para me ajudar, eu precisava de um exército se tivesse que enfrentar outros desse meio. Graças ao Park Jiun, eu pude observar como donos e chaebols se comportam entre si, e todos possuem seguranças altamente treinados para uma guerra, caso aconteça.

Depois, eu visitei a Lótus, e surpreendi meu avô, sentado na cadeira que me pertencia.

--- Oi vovô. -Digo, me sentando sem pedir permissão.
O velho me encarou com uma cara assustada, o que me fez rir. --- Que cara é essa? Por acaso achou que eu estivesse morta? -Pergunto debochada.

--- O que você... Como você...? -Tentava, mas não conseguia formular uma frase.

--- Eu comprovei que sou completamente sã e capaz de administrar meus bens. Então, eu agradeço pelo senhor ter cuidado de tudo até aqui, tá bem? Agora, pode deixar que eu assumo. -Cuspo as palavras me levantando e apoiando na mesa, colando meus olhos aos dele. --- Saía!

--- Você não pode me tirar daqui! -Retrucou ele, também se apoiando na mesa.

--- Não me faça tirá-lo a força, vovô. Você quem não pode me enfrentar, estando abaixo dos meus pés. -O provoco, com um sorriso de lado.

--- Isso não vai ficar assim! -Cuspiu, com raiva.

--- Claro que não. Eu vou mudar muita coisa ainda. -Digo, varrendo os detalhes da sala. --- Tirem ele daqui! -Ordeno para meus homens, que me obedecem.

Caminho até a cadeira e me sento nela, sentindo o conforto e a maciez do assento.

--- Finalmente!

Kingdom ComeOnde histórias criam vida. Descubra agora