O Convite do seu casamento Jeon Jungkook

3

[...]

JUNGKOOK

Depois do casamento da mulher da minha vida. Os dias se passaram, a vida continuou e o livro estava próximo de ser finalizado.

A real, é que eu só usava como desculpa para vê-la, era um forma de matar a saudades dela. Do meu primeiro amor.

Infelizmente a vida é injusta demais as vezes, no passado não conseguimos ficar juntos por conta dos meus pais, eu os conhecia, eles seriam capazes de destruir a vida da Yeji e até mesmo mata-la. Com isso, decidi ama-la em segredo, mas, com o tempo acabamos nos afastando, comecei a fazer faculdade e logo depois estádio, as poucas horas que me restavam eu passava dormindo.

Depois que fui para Harvard, eu conheci Eunji lá, uma coreana que estava estudando direito. Começamos como apenas bons amigos, mas conforme os anos foram passando e mais eu me afastava de Yeji, eu acabei cedendo. No fundo, acreditava que Yeji já tinha seguido com a vida e achado outro, afinal, tantos anos se passaram. E Eunji era uma moça boa, me tratava bem e era de uma boa família, não que isso importasse para mim, mas sim para os meus pais.

Tem uma coisa que eu aprendi nessa vida, que por mais que doa, precisamos fazer o certo. Independente se amamos a pessoa muito ou demais. Quando amamos alguém, queremos vê-la bem, e eu sabia perfeitamente que Yeji não poderia ser feliz ao meu lado sem sofrer. Mesmo que eu desistisse de tudo, de toda minha herança e da minha família, eles sempre iriam me atormentar e acabar com a minha vida e a de Yeji.

Quando a reencontrei, eu me senti como um adolescente de 17 anos novamente. Estar com ela me fazia sentir assim, me fazia sentir novo e era como estar naqueles velhos tempos, que infelizmente, só restam saudades.

Uma coisa que aprendi nessa vida, é que independente do quanto amamos uma pessoa, quando essa pessoa não é para ser o amor pra nossa vida, ela não será. E infelizmente, não passará de um amor da nossa vida.

Nesse momento, estava fazendo mais um plantão como de costume. Mas, até que hoje por algum milagre o hospital estava calmo. E isso, não costuma ser um bom sinal.

Distraído analisando algumas informações pessoais nos papéis da prancheta hospitalar, um enfermeiro veio correndo em minha direção, chamando por mim.

— Doutor Jeon, precisamos do senhor! – exclamou, eufórico.

— O que aconteceu? – perguntei, calmo, desviando minha atenção para si.

— Aconteceu um acidente na avenida principal, um carro colidiu com outro carro. A família do carro que colidiu todos faleceram, mas a do carro que foi batido não. A mulher está em estado de vida, a criança de aparência de cinco anos não está gravemente ferida! – explicou rapidamente, mesmo eufórico.

Eu assenti, e logo corri em direção a ala de emergência.

— Doutor, a batida foi muito forte! Ela teve um traumatismo craniano, e está perdendo muito sangue! – uma das enfermeiras toda suja de sangue exclamou, passando as informações.

Eu assenti colocando minhas luvas e me aproximando da maçã de maca de emergência, após me aproximar o suficiente, percebi seu rosto quase todo coberto de sangue, junto a alguns cabelos postos sobre ele.