Doyoung andava em passos rápidos, enquanto sentia a leve brisa bater contra o seu rosto e assim, bagunçar seu cabelo. Mas isso não o incomodava, estava muito feliz para ficar chateado com algo tão insignificante. O garoto caminhava em direção a casa de Sicheng, pois havia decidido visitá-lo naquela manhã. Fazia algumas semanas que não se encontrava com o amigo e não tinha muitas atualizações sobre ele. No máximo, recebia algumas mensagens de Yuta dizendo que tudo estava bem.
Mas de toda forma, ele estava alegre. Nos dias que se passaram, mesmo com a pouca comunicação com o Dong, sentia uma paz tomar conta de sua alma, seu corpo estava leve, e sua mente, calma. Sabia que Sicheng estava sendo bem tratado, e acima de tudo, estava seguro.
A cada semana que se passava, Yuta ficava mais cuidadoso com o namorado, parecendo até que estava cuidando de um recém-nascido. Porém era completamente compreensível, Sicheng havia passado por muita coisa, e toda demonstração de amor era mais do que válida para mostrar que ele era amado por todos ao seu redor.
Já próximo de seu destino final, Doyoung riu baixinho lembrando de um de seus encontros com o chinês.
Era uma noite tediosa de domingo, Yuta havia acabado de sair para comprar alguns alimentos para fazer o jantar; já os outros dois, estavam jogados pelo piso de madeira do apartamento, exaustos da faxina que acabara anteriormente. A ideia havia sido de Doyoung, que tinha começado a gritar e correr de um lado para o outro ao ver uma pequena barata parada na cozinha, mais especificamente, na lateral do balcão de aspecto amadeirado da pia.
Desde então, o garoto se recusou a permanecer ali sabendo da existência do inseto, e a possibilidade de haver mais algumas espalhadas pelo cômodo corroía a sua mente. Então, sugeriu que fizessem uma faxina. Após ter relutado por minutos, Sicheng aceitou, mas ainda deixava escapar frases, como: "você tá imaginando coisas" e "eu limpei a casa recentemente" mas Doyoung não lhe deu ouvidos.
Sicheng notou que em boa parte do tempo, Doyoung estava calado, muito focado no que estava fazendo, e para não incomodá-lo, apenas decidiu imitar tal ato. Em certa parte isso o assustava, pois ter ele e Doyoung em um mesmo cômodo era sinônimo de bagunça, teorias mirabolantes e diálogos sem nexo. E agora, mesmo estando jogado em um chão frio e duro, Doyoung estava quase dormindo, coisa que só não aconteceu por causa de seu esforço em manter seus olhos abertos.
— Quer ouvir uma coisa boa? — Sicheng perguntou, e recebeu um "joinha" vindo do Kim como resposta.
Mesmo querendo ouvir o que Sicheng gostaria de dizer, Doyoung não negaria que o único pensamento que tomava conta de sua mente era de chegar em casa, tomar um banho e ir dormir. Estava exausto, e já se encontrava grogue demais para tentar esconder aquilo.
Mas ouvi-lo replicar as falas de YangYang, enfatizando seu sotaque forte e imitando os seus trejeitos exagerados foi o suficiente para que sua atenção fosse capturada, e não demorou muito para que a risada anasalada de Doyoung fosse ouvida por todo o cômodo.
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𝗺𝘂𝘁𝗲𝗱 ══ 𝗱𝗼𝘁𝗮𝗲; 𝘆𝘂𝘄𝗶𝗻
Fanfiction𝘚𝘪𝘭𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘥𝘰. Essa era a única sensação que, pessoas tão diferentes como Doyoung e Sicheng, sentiam em comum. A única sensação que os sufocava, dia após dia, ao ponto de fazê-los clamar por ajuda. 𝗔𝘁𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼�...