Pelo nervosismo em sua voz, Sicheng começou a desconfiar que o garoto poderia estar mentindo, tendo a sua confirmação quando seu irmão mais velho adentrou seu apartamento e lhe disse que havia encontrado o coreano na rua, e o acompanhou até sua casa. Ao questionar como era a frente do imóvel, YangYang não escondeu a confusão em seu rosto, mas logo detalhou como era a fachada, e definitivamente, aquela não era a casa de Taeyong.
Foi inevitável não sentir um forte aperto atingir em cheio o seu peito. Estava agoniado, não conseguia chegar em uma conclusão que lhe desse a resposta do porquê Doyoung havia mentido para si.
O estrangeiro desistiu de pensar muito e logo pegou o seu celular, rolando a lista de contatos — quase escassa — de seu telefone até encontrar o número do garoto de fios rosados, que em poucos segundos de espera, teve a sua chamada atendida.
— Oi Sicheng, aconteceu algo? — A voz do garoto estava mais grave que o comum. Se não estivesse equivocado, havia interrompido o sono de Taeyong.
— O Doyoung... Ele tá aí?
— Não. Aliás, faz semanas que não nos falamos direito.
— Precisamos ir lá.
— Onde? Por quê? O que rolou, Sicheng? — Foram tantas perguntas em um curto período de tempo que o estrangeiro não conseguiu assimilar tudo, focando apenas na última delas.
— Algo estranho tá acontecendo com o Doyoung. Não sei... Eu posso tá enlouquecendo, mas eu consigo sentir! Seu tom de voz mudou drasticamente quando liguei pro celular dele.
— Se acostume, ele sempre fica estranho do nada.
— Ele mentiu pra mim. — O silêncio que se estabeleceu por alguns segundos na chamada foi o suficiente para que o garoto chegasse a conclusão que agora, Taeyong acreditara em sua palavra. — Ele mentiu dizendo que estava na sua casa, aí eu escutei uma batida muito alta, e do nada ele desligou.
— Porra... Jaehyun.
— Quê?
— Certeza que tem dedo do namorado dele nisso, estou indo para lá.
— E-eu também vou.
•••
Cansado. Essa palavra definia Sicheng nesse exato momento.
Após uma corrida rápida e exaustiva até a casa de seu amigo, Sicheng avistou a fachada escura da casa e soltou um suspiro audível, curvando-se e apoiando as mãos firmemente nos joelhos, enquanto lutava para controlar a respiração acelerada e recuperar o fôlego.
Não conseguia lembrar quantos segundos passou naquela posição, mas, ao captar um som baixo de motor de carro se aproximar de si, tornou a esticar seu corpo apenas para comprovar tal ideia. E sim, ele estava certo, Taeyong se aproximava de onde estava, dirigindo seu carro de roupagem azul que reluzia perante o sol forte que queimava no céu.
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𝗺𝘂𝘁𝗲𝗱 ══ 𝗱𝗼𝘁𝗮𝗲; 𝘆𝘂𝘄𝗶𝗻
Fanfiction𝘚𝘪𝘭𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘥𝘰. Essa era a única sensação que, pessoas tão diferentes como Doyoung e Sicheng, sentiam em comum. A única sensação que os sufocava, dia após dia, ao ponto de fazê-los clamar por ajuda. 𝗔𝘁𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼�...