𝘚𝘪𝘭𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘥𝘰.
Essa era a única sensação que pessoas tão diferentes como Doyoung e Sicheng sentiam em comum. A única sensação que os sufocava, dia após dia, ao ponto de fazê-los clamar por ajuda.
𝗔𝘁𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮...
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Taeyong e Sicheng despertaram assustados assim que o toque frenético da campainha soou por toda casa, os dois se encararam brevemente enquanto esperavam a pessoa lá embaixo desistir de tocar e ir embora, porém isso não aconteceu. Nenhum deles falava nada, mas nitidamente, Taeyong parecia estar mais incomodado, pois o seu constante revirar de olhos era suficiente para denunciar a raiva que sentia. Quem era o idiota que estava quase quebrando aquilo?
— Calma, eu já volto anjinho. — Taeyong disse afastando a cabeça de Sicheng de cima de seu peito e o apoiou em um travesseiro próximo, sorrindo ao ver o mais novo voltar a dormir poucos segundos depois.
Taeyong pegou seu celular para verificar as horas e se espantou ao ver que já era a manhã do dia seguinte. O Lee ficou encarando o eletrônico enquanto se perguntava como tinha conseguido dormir quase 24h direto, mas ao ouvir sua campainha tocar mais uma vez, caminhou em passos largos até a porta principal, dando de cara com um Doyoung ofegante e com uma feição preocupada estampada no rosto.
— Como o Sicheng está? Ele dormiu bem? Ele chorou muito depois que eu saí? — Doyoung bombardeou Taeyong de perguntas, mas o Lee permaneceu em silêncio, tentando assimilar tudo que acabara de ouvir.
— Calma..., entra. — Taeyong abriu a porta por completo e viu Doyoung andar em passos pesados, tanto que seus calçados emitiam um certo barulho ao se chocarem com a superfície dura.
— Ele tá bem. Nós conversamos um pouco ontem, mas logo fomos dormir, talvez ainda estivéssemos se você não tivesse tocado a campainha igual um louco. — Lee disse fitando o amigo que abaixou a cabeça completamente envergonhado.
— Ele te disse algo?
— Sim, Qian Kun foi o causador disso tudo.
— Não pode ser. Ele é amigo do Yuta. — Doyoung rebateu.
— Se não acredita no que eu estou dizendo, suba e pergunte diretamente a ele.
— Não. Não quero pressioná-lo. Nos próximos dias eu vou tentar conversar com Yuta ou com o irmão dele.
— É, vai ser uma boa. — Taeyong disse enquanto observava de perto os olhos vívidos e brilhantes do Kim que tanto lhe encantavam. Lee tinha plena consciência que Doyoung era a única pessoa que conseguia despertar a versão mais pura e bonita de si, e se sentia grato ao universo pela oportunidade de tê-lo por perto, nem que fosse apenas como um amigo.
Os dois se encararam por mais alguns segundos, até Doyoung decidir quebrar o contato visual para verificar as mensagens de seu celular. Taeyong o assistiu digitar respostas curtas para algumas delas, enquanto para outras ele apenas deslizava, afastando-as de seu campo de visão.
Quase que de imediato, Taeyong percebeu a expressão facial do outro mudar da água para o vinho, e por mais que Doyoung tentasse disfarçar aquilo mexendo em algumas mechas de seu cabelo ou pressionando seus dedos contra a pele esbranquiçada de sua mão, já era tarde... Taeyong havia percebido.