𝘚𝘪𝘭𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘥𝘰.
Essa era a única sensação que, pessoas tão diferentes como Doyoung e Sicheng, sentiam em comum. A única sensação que os sufocava, dia após dia, ao ponto de fazê-los clamar por ajuda.
𝗔𝘁𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼�...
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Seoul, 2019
— Doyoung! O que 'cê tá fazendo?! — Jaehyun perguntou aos gritos, fazendo Doyoung empurrar fortemente Taeyong que estava com os lábios grudados nos seus, o que apenas confirmou o que Jaehyun havia imaginado. Eles estavam se beijando. Doyoung estava lhe traindo.
— Nada demais, apenas conversando com o Taeyong.
— Vamos embora. — Jaehyun puxou o namorado pelo braço, sem se importar se estava machucando-o ou se alguém estava vendo toda aquela cena.
Assim que ligou o motor do carro, Jaehyun começou a dirigir em alta velocidade, deixando Doyoung completamente apavorado com a possibilidade de uma tragédia acabar acontecendo, porém o Kim sentiu seu corpo relaxar quando o viu estacionar o carro na garagem da casa onde moravam juntos.
Em uma pequena fração de segundos, Doyoung foi puxado para dentro da casa, sendo arrastado até o quarto onde dormia.
— Me sol... — Sua fala logo foi interrompida ao ser arremessado com força na cama onde dormiam todas as noites.
— Você sabe que não tolero mentiras. Por quê? Por que você faz de tudo pra me irritar?! — Jaehyun estava histérico e pressionava os braços de Doyoung contra a cama com força, imobilizando-o. Seus dedos esmagavam a pele sensível e marcada do Kim e Jaehyun não ligava se ele ainda estava dolorido da última agressão, pois se o garoto havia apanhado, era porque precisava ser repreendido. Jaehyun odiava o tom desprezível que Doyoung usava para lhe responder perante as pessoas e como resposta a tudo aquilo, castigou-o sem pensar duas vezes assim que puseram seus pés dentro de sua residência.
— E-eu não fiz nada. — Ele disse quase como um gemido. Não tentava se esquivar, e muito menos se defender. Sabia que mesmo relutando, o resultado daquilo sempre seriam diversos hematomas grandes e arroxeados espalhados por todo o seu corpo.
Seu corpo já havia se acostumado com os toques doentios do Jung, já estava acostumado a ouvir que era uma propriedade dele, e já estava acostumado a lotar sua pele de maquiagem no dia seguinte para esconder qualquer vestígio que ele deixara.
Jaehyun era um homem doente e surtado, e tentava incessantemente forçar Doyoung a se tornar alguém tão maluco quanto ele.
— Não me faça perder o pouco de paciência que estou tendo com você. Por que você beijou o Taeyong? — Jaehyun dirigiu suas mãos até a mandíbula do namorado, onde apertava e o forçava a olhar para os seus olhos vermelhos.
— E-ele é só um amigo meu! — Doyoung gritou com todo fôlego que ainda restava em si.
— Amigo? Amigos se beijam?! Eu vi, não adianta mentir. Eu vou acabar com sua vida Kim Doyoung, vou fazer você implorar para que eu acabe o mais rápido possível com ela.
Ver Doyoung machucado e com medo de si era algo extremamente prazeroso ao olhar de Jaehyun. Ele gostava de saber que sempre estava por cima, que tinha o controle de tudo, e do poder de vê-lo chorar como um recém nascido ao levar um único tapa seu.
