17/12/2019, terça-feira.
- Tae. - Doyoung chamou o namorado com uma voz levemente desanimada, atraindo sua atenção de imediato.
- O que foi, amor?
- Eu vou precisar dar uma saída pra casa da minha mãe, tudo bem? Ela pediu pra que eu fosse lá o mais rápido possível.
- Mas ela não disse o que aconteceu?
- Não. Ela só me pediu pra ir lá o mais rápido possível e você sabe como ela é... Eu tô preocupado.
- Não faz isso, Doyoung.
- Por favor, Taeyong, nós já conversamos sobre isso diversas vezes. Não complica ainda mais as coisas pra mim. - Ele pediu, quase como uma súplica e o outro assentiu a contragosto.
Lee sabia que a relação de Doyoung com a família não era nada legal, e muito menos saudável. Nas noites em que seu namorado se sentia confortável para contar mais sobre a relação "estranha" que tinha com a mãe, Taeyong sempre ficava mal, triste. Era deprimente saber que a pessoa que mais deveria apoiá-lo, apenas o usava como uma peça de seu jogo.
Seohyun o explorava de diversas maneiras. Vivia pedindo quantias e mais quantias de dinheiro para Doyoung, e no primeiro "não" que ouvia, já arrumava uma maneira de culpá-lo por não conseguir criar o seu próprio "império" e cuidar da família devidamente, mesmo sabendo que Jaehyun poderia ajudá-lo. Fora as diversas vezes em que quase implorava para que o filho desse uma segunda chance ao Jung, dizendo que "é normal um casal discutir".
Era um fato: se o pior demônio da face da terra tivesse uma família, Kim Seohyun certamente faria parte dela.
Assim que Doyoung apareceu namorando Jaehyun, Taeyong se opôs. Não era por não querer a felicidade do amigo, mas porque tudo parecia estranho demais. Sempre que ele ia com Jaehyun à casa de Doyoung, tinha que aguentar ver a mais velha oferecê-lo para Jung como se fosse um produto, vendo-a dizer que Jaehyun era de boa família e que ele merecia ter alguém à altura. No caso, o filho dela.
Seohyun sempre falava tudo da maneira mais descarada possível, esquecendo totalmente de que, na época, todos eles haviam acabado de entrar na adolescência. Taeyong sentia que ela estava por trás de tudo. Se dependesse dela, Doyoung jamais se livraria das garras daquele crápula.
- Eu só quero te ver bem, Dodo. Por que você não consegue enxergar isso? Essa mulher não presta!
- Chega! - Doyoung gritou, olhando fixamente pro namorado que apenas bufou alto. - Olha... Eu sei que você não curte a minha mãe, às vezes até eu fico surpreso com o que vem dela, mas tenta manter o respeito, tá? É chato ouvir isso vindo de você.
- Me desculpa, anjo. Eu não queria ter te deixado mal. - Lee disse baixo, deixando de lado o seu celular que estava preso em suas mãos e foi na direção do mais novo, agarrando-o em seus braços antes de vê-lo assentir.
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𝗺𝘂𝘁𝗲𝗱 ══ 𝗱𝗼𝘁𝗮𝗲; 𝘆𝘂𝘄𝗶𝗻
Fiksi Penggemar𝘚𝘪𝘭𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘥𝘰. Essa era a única sensação que, pessoas tão diferentes como Doyoung e Sicheng, sentiam em comum. A única sensação que os sufocava, dia após dia, ao ponto de fazê-los clamar por ajuda. 𝗔𝘁𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼�...