𝘚𝘪𝘭𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘥𝘰.
Essa era a única sensação que, pessoas tão diferentes como Doyoung e Sicheng, sentiam em comum. A única sensação que os sufocava, dia após dia, ao ponto de fazê-los clamar por ajuda.
𝗔𝘁𝗲́ 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼�...
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Atenção: Esta obra aborda temas sensíveis, como abuso psicológico, problemas familiares, linguagem imprópria, abuso físico e sexual, relacionamentos tóxicos, questões de saúde mental, entre outros.
Se você é sensível a algum desses temas ou é menor de idade, talvez essa não seja a leitura ideal para você.
Por favor, respeite os seus limites. :)
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Seoul, 2015
Jaehyun encontrava-se em completo surto.
O adolescente estava prestes a criar um buraco no chão de tanto dar voltas no mesmo lugar, pensando se seria mesmo uma boa ideia ir falar com o seu amigo. Até que o coreano criou coragem e saiu do banheiro, indo em direção a sala de Doyoung que ficava do outro lado do prédio onde estudava. Os passos do Jung eram largos e pesados, e cada vez que lembrava que estava se aproximando de seu destino, sentia um nó se formar em sua garganta, lhe impedindo de falar qualquer coisa. O desespero em seu olhar era perceptível, aliás, não fazia ideia de como Doyoung reagiria ao que iria dizer.
Ao chegar na porta da sala, logo viu o coreano sentado em uma das carteiras, coçando sua nuca enquanto praguejava algo baixinho. Pela sua impaciência e expressão confusa ao tentar entender o que estava escrito no quadro, poderia jurar que aquela seria aula de alguma matéria de exatas, e quando Jaehyun olhou para o grande quadro verde preso em uma das paredes, riu. Bingo! Era aula de matemática, matéria que Doyoung odiava com todas as suas forças.
Tudo era muito novo para os dois, tinham acabado de completar os seus dezesseis anos e era o segundo dia de aula naquela nova escola. Os garotos não puderam escolher se queriam ou não sair da instituição que estavam, já que a antiga não tinha professores para o ensino médio, deixando os meninos completamente em pânico. Era a primeira vez que estudariam separados depois de tantos anos juntos.
— Licença professor, posso falar com o Doyoung? — O mestre olhou para o aluno em questão e ouviu toda a sala cochichar algo, o deixando claramente constrangido.
— É o seu namorado, Dodo? — Perguntou um garoto baixinho, que Jaehyun soube que se chamava Donghyuck, já que o professor havia lhe repreendido de imediato.
— Vá rápido, sr. Kim, já está causando demais em minha aula. — O menino apenas assentiu e saiu rapidamente da sala.
— O que você quer, Jaehyun? Eu estou em aula. — Ele puxou o garoto para um lugar mais afastado.
— Me desculpe, mas se eu não viesse te chamar agora, não sei quando teria coragem novamente.
— Okay, agora diga.
— Youngie, você tá livre depois da aula? — Jaehyun perguntou olhando fixamente para as suas mãos suadas, consequência de seu nervosismo.
