Capítulo.5 - Triunfo Sobre o Terror da Noite

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As sombras dançavam ao redor da clareira quando, de repente, a criatura emergiu delas, correndo em direção a Morgana com gritos que ecoavam como lamentos. Morgana, surpreendida, ergueu-se rapidamente, seus olhos brilhando intensamente enquanto tentava compreender a ameaça que se aproximava. — O que...? — diz com enorme surpresa.

A criatura, com sua figura sinistra e gritos ensurdecedores, avançava ferozmente. Morgana, sem entender completamente o que estava acontecendo, sentiu uma mistura de medo e determinação. — Não vou deixar você escapar desta vez! — diz Morgana resoluta.

Enquanto a criatura se aproximava, Morgana, impulsionada por sua coragem, buscou dentro de si mesma por qualquer vestígio de controle sobre suas habilidades mágicas. A aura mágica em torno da criança ainda permanecia um enigma, mas a necessidade de protege-la impulsionava Morgana a enfrentar essa ameaça desconhecida.

O braço longo da criatura se estendeu com uma agilidade sobrenatural, atingindo Morgana e jogando-a violentamente contra uma das árvores ao redor da clareira. Morgana resmungou, sentindo a dor latejar enquanto a neve da árvore caía sobre ela.
— Isso não vai me deter... — gemia Morgana.

Mesmo abalada pelo impacto, Morgana ergueu-se lentamente, seus olhos brilhando com uma mistura de dor e resiliência. A criatura permanecia ali, suas características sinistras obscurecidas pelas sombras. Morgana, com sua determinação inabalável, preparou-se para enfrentar o desafio que se desdobrava diante dela. A batalha na clareira coberta de neve estava longe de chegar ao fim.

Com uma agilidade perturbadora, se posicionou acima da criança, quebrando o feitiço que a mantinha adormecida. O despertar da criança foi marcado por gritos estridentes e lágrimas de medo, um cenário que provocou um sorriso satisfeito na criatura. Morgana, ao testemunhar esse evento sombrio, teve uma revelação.

— O medo... é disso que ela se alimenta. E depois... Não posso deixar que ela termine o que está fazendo!

O entendimento da terrível natureza da criatura se desenhou no rosto de Morgana, que, apesar da descoberta, não vacilou diante do horror. A criança, agora acordada e vulnerável ao terror, chorava e gritava, proporcionando à criatura o alimento que ela buscava.

— Não posso permitir que ele termine esse ritual. Preciso agir rápido! — disse focada.

Morgana, guiada pela adrenalina, preparou-se para enfrentar a criatura e proteger a inocência que estava em perigo na clareira coberta de neve. A batalha pelo destino da criança e a luta contra a criatura que se alimentava do medo estavam prestes a atingir seu ápice.

Impulsionada por sua coragem e habilidades, lançou sua pequena adaga, que encontrou seu alvo abaixo de um dos olhos da criatura. Um rugido furioso ecoou na clareira enquanto a criatura, agora ferida e irada, avançava com fúria incontrolável em direção a Morgana.

— Não vou deixar que você machuque mais ninguém!! — grita em afronta.

A jovem, guiada pela energia pulsante de seus olhos, percebeu algo peculiar. Ela podia sentir vida abaixo da neve, como se houvesse algo mais do que simples terra sob seus pés.

Morgana, ágil como uma sombra, desviou do primeiro ataque da criatura. Usando seus olhos, ela focalizou a adaga fincada na criatura e, com um olhar penetrante, trouxe a adaga de volta para sua mão.

— Se você se alimenta do medo, prepare-se para enfrentar a coragem! — Disse confiante.

A batalha na clareira ganhava intensidade, e Morgana estava determinada a proteger não apenas a criança, mas toda Camelot, enfrentando a criatura que ousava ameaçar a paz do reino.

Usando sua visão extraordinária, identificou que estava sob um lago congelado, onde peixes residiam abaixo da camada de gelo. Essa revelação inspirou uma estratégia audaciosa em sua mente.

— Vamos ver como você lida com o frio do lago. — disse ao armar uma estratégia.

A jovem, ágil e focada, atraiu os golpes da criatura em direção ao chão, mirando rachar a espessa camada de gelo sob seus pés. Com sua adaga em mãos, Morgana insultou a criatura e desferiu golpes, ferindo-a para deixá-la ainda mais irritada.

— Seu terror não me intimida! Você não é nada além de uma sombra faminta!!

A criatura, enfurecida pelas ações de Morgana, continuava a atacar. Cada insulto e ferida com a adaga a aproximava mais do plano para enfraquecê-la. A batalha na clareira congelada atingia seu ápice, com Morgana determinada a usar a força da natureza ao seu favor na luta contra o ser das sombras.

Com o gelo tornando-se frágil sob os golpes vorazes do monstro, a jovem utilizou seus poderes para fazer a adaga girar como uma serra, cortando completamente o solo congelado sob os pés da criatura. O gelo cedeu, e a criatura, se debatia na água congelante, afundando em desespero.

Morgana, exausta, ajoelhou-se diante do buraco criado por ela, observando a criatura submersa.

— Seu reinado de terror acabou. Afunde e desapareça! — disse ofegante.

A criatura, submersa e enfraquecida, soltava sons guturais de desespero enquanto lutava contra a água gelada. Morgana, diante da situação, não mostrava piedade.

— Morra de uma vez! Seu mal não tem lugar aqui. — Dizia com raiva em seu olhar.

O destino da criatura estava selado, e Morgana, após enfrentar os terrores da noite, conseguira triunfar sobre a ameaça que assombrava a clareira congelada.

Cansada e vitoriosa, levantou-se. Seus olhos, já fatigados pelas provações da noite, não perceberam a criatura, que, determinada a não morrer sozinha, emergiu do buraco e agarrou Morgana. Os dois afundaram na água congelante.

Enquanto a fria água envolvia Morgana, ela só conseguia pensar em uma coisa. — Me descuidei. Pai, como deixei isso acontecer?

A água gelada envolvia Morgana e a criatura, formando uma cena tumultuada na clareira congelada. A jovem lutava para recuperar o controle da situação, enquanto a criatura, mesmo enfraquecida, mostrava uma determinação desesperada. O destino de Morgana estava mais uma vez em jogo na noite fria de Camelot.

Numa explosão de adrenalina, Morgana puxou a adaga para sua mão usando seu poder. Em um último esforço para se livrar da criatura, golpeou-a , esfaqueando seus dois olhos. Agarrando a oportunidade, a jovem conseguiu se soltar e nadou o mais rápido que pôde em direção à superfície.

A criatura, cega e debilitada, se debatia de dor no fundo do lago enquanto Morgana emergia à luz da lua.

— Deixarei que tudo termine assim. Camelot não deve ser assombrada por esta criatura sombria. — disse a si mesma.

Exausta, Morgana flutuava na água gelada, sua respiração ofegante enquanto processava os eventos tumultuados da noite. O lago silencioso testemunhou o fim da ameaça, e a jovem, com olhos que refletiam uma mistura de cansaço e determinação, saia da água sob o céu noturno de Camelot.




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