Capítulo 9

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Ao entrar, surpreendeu-se, o lugar, não era tão assustador quanto pensava, pelo contrário, estava limpo, varrido e parecia até perfumado, nada parecido com as histórias de terror que o Senhor Giry gostava de ler e associava com o pobre rapaz do poço do teatro que havia salvo do circo.

-Alguém em casa? Senhor Destler?

-Madame Giry?

-Christine? O que faz aqui?

Giry não podia acreditar, não via a soprano desde a estreia de Don Juan Triunfante e a havia visto ser tomada à força pelo mascarado desmascarado. Depois soube que havia ido embora nos braços do visconde e que iriam se casar.

Mas agora a moça estava de cabelos presos, com a vassoura na mão, nem de longe parecia a moça glamurosa noiva de um visconde, mas tinha um brilho no olhar que nunca havia visto, nem mesmo quando se tornou a prima-dona do teatro.

Christine ia falar alguma coisa, quando Erik adentrou a sala.

-Meu amor, terminei de arrastar os móveis do quarto. Tem certeza que quer este armário na sala?

-Erik, temos visita!

Erik não havia visto que havia mais alguém na sala porque estava carregando um móvel de madeira maciça para a sala. Tudo aquilo começou quando Christine decidiu arrumar o armário de partituras, depois o de roupas, logo, estava pedindo Erik para levantar a cama, começou a varrer e arrumar de seu jeito. E coube ao homem acatar as mudanças que queria.

E ele iria reclamar? Não, agora, o terror do teatro, a fera que todos temiam, estava domesticada e babando pela mulher que dominava seu coração e se esta mulher estava ali com ele por livre e espontânea vontade e queria dar um toque seu aquele lugar, ele não iria impedir. Daroga lhe disse que sua mulher havia mudado tudo em sua casa, logo, ao nosso fantasma (ou da sortuda Chris) só cabia perguntar onde queria colocar as coisas da sua casa. Queria que sua amada musa sentisse à vontade naquele lar que compartilhavam, enquanto ela quisesse. Era a primeira vez que ela tinha uma casa desde que seu pai se foi, desde então, vivia nos camarins do teatro. Ali também não era a casa que ela merecia, casar-se com ele sua casa seria a Casa dos Destler, a que estava construindo além do lago, se ela no futuro aceitasse casar com ele. Mas queria que ela decidisse por si só, não convinha forçá-la como antes, deveria ser como foi o sexo entre eles, por desejo e prazer dos dois. A mulher já estava ali há dois meses, compartilhavam cama, mesa e música juntos e por enquanto ela não lhe havia dado indícios de querer ir embora.

Alguns minutos antes

-Então, caro senhor Destler faça tudo o que sua bela dama e musa queira. Deixa-a bem à vontade nesta casa. –disse, sorrindo, enquanto, consertava e colocava os móveis no lugar como ela queria.

-Este armário eu deixaria aqui, mas ela me disse que depois de pintá-lo ficaria lindo na sala, ao lado do piano para organizar as partituras, uma musa deve saber melhor que eu disso. E que mulher! Melhor ser bem obediente, Erik Destler! Ncom não pode com esta bela mulher!

Como Christine estava demorando, Erik resolveu ir até a sala perguntar onde colocaria aquele armário, o que o músico não esperava era encontrar sua salvadora na "sala".

Se encontrar Christine ali com roupas "de casa" varrendo já havia surpreendido a senhora, imagina encontrar o temido fantasma carregando um armário daquele tamanho, ainda mais "vestido" daquele jeito? Erik estava apenas com as calças e sem camisa (já que fazia esforço físico). Ao ser informado que estavam com visitas, o homem pensou em tratar-se do velho amigo Daroga e colocou o armário no chão, exibindo seu peitoral nu e suado pelo esforço. Nunca esperaria que uma mulher, além de sua Christine estaria ali de visita.

Depois daquele beijo -O Fantasma da Òpera Chris y EricOnde histórias criam vida. Descubra agora