Capítulo 1

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Após sentir a doçura dos lábios da mulher que ama, ele decide livrá-la da promessa de se casar com ele,  a deixando livre para ir com Raoul. Christine, então, tira a corda do pescoço do amigo e namorado.

Não quer sofrer ainda mais, então, implora que eles vão embora logo e esqueçam tudo que viram e não lhe façam mais dano. Ainda os vê de braços dados entoando o que acredita serem juras de amor. 

O músico coloca uma mão no coração. E com a outra toca os lábios com carinho.

-Seja feliz, Christine!  

Erik retorna ao seu lugar, senta em seu piano cantarola Masquerade, pensando em compor algo que reflita sua dor. Fecha os olhos, a dor é maior que pode suportar. 

Sente-se mais sozinho que nunca. 

-Erik! 

-Christine?-diz com dor -Estou vendo coisas?

-Não, sou eu mesma.  

-Chrisitne, te amo!  O que veio fazer aqui, veio rir de minha dor? Melhor apressar-se, o Visconde não conhece tão bem aqui e pode-se perder e não conseguir voltar para a superfície. O lugar está cheio de armadilhas! -disse com ironia

-Ele já está a salvo!  
-Fique com ele, então. a deixei livre. Prometo não a perturbar, nunca mais vou procurá-la.

-Sei que cumprirá sua promessa, mas não sei se vou conseguir.

-Não entendo! Está livre para amar o homem que merece. Pode ir!  Estou acostumado também à solidão.

-Não tenha tanta pena de si.

-Não tenho, sei do que sou capaz.

-É capaz de amar?

-Sim, infelizmente, sou capaz de amar mais do que sou amado.  Amei minha mãe, mas ela me odiou tão logo viu meu rosto.  Amei este teatro que parece estar acabado.  E amei a você. É melhor se vá antes que anoiteça.    A minha companheira é a música.

-A minha também!

-Não creio que fique bem que uma senhora casada com o Visconde dê recitais para outros que não sua família. Não sou eu que digo, mas a sociedade.

-E você me afastaria dos palcos se casasse comigo?

-Jamais!  Não se deve esconder um talento como o seu, prendendo-o no lar.

-Disso sei. Erik! 

Ele segue tocando o piano.

-Erik!

-Sim?

-Olhe para mim!    Disse que se apaixonou por mim.

-Sim, como nunca antes.

-E ainda ama?

-De que adianta falar isso agora? 

-Preciso saber.

-Precisaria arrancar de meu peito o coração para deixá-la de amar.

Ela chora.

-Não chore, Christine!  Deixei-a livre porque não aguentaria vê-la sendo infeliz ao meu lado aqui.

-Eu sei. -disse a moça beijando a mão dele, a qual acariciava seu rosto.

-Não tenha pena de mim, não suportaria!

-Não tenho. O senhor é o anjo da música! Um gênio!

-Só só um homem solitário que veio morar em um teatro e sem ter o que fazer, teve tempo parra praticar.

-Um homem com uma grande capacidade de amar e ser amado.  Pode me amar tanto quanto ama a música?

-Já amo, Christine!

-Então, ensina-me a amá-lo!

-Hã?

Ela o beija novamente. Desta vez é um beijo terno e sem pressa.
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Depois daquele beijo -O Fantasma da Òpera Chris y EricOnde histórias criam vida. Descubra agora