Capítulo 3

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-O quê?

-Isto que o senhor ouviu!

-Não entendo!

-Preciso saber porquê quando o beijo, sento-me queimar por dentro, como se não pudesse parar, e desde que me revelou ser um ser humano e não um anjo ... ah!

-Christine.

-Mostre-me, mestre. -disse agarrando-o pela cintura.

-Pensei que o que sentia fosse medo.

-Não é medo! Mas não sei o que é. -ela beija o peito dele onde está descoberto e começa a desabotoar o restante de sua camisa -Quero que me faça entender o que sinto quando está perto de mim.

-Oh Christine, você é realmente um perigo para um homem como eu.

-Já esteve com uma mulher antes?

-Nunca.

-Também nunca estive com um homem, quero que sejamos os primeiros um do outro. Não posso me casar com Raul sem saber o que sinto pelo senhor. Preciso saber para decidir.

-Se fizermos amor será um caminho sem volta, Christine! Se depois de fazermos amor, decidir que o nosso é apenas curiosidade ou algo carnal e preferir o visconde, ele não vai querer casar se não for mais moça. Não quero arruinar sua vida.

-E se eu tivesse feito com ele, não iria me querer?

-Lógico que sim. A amo, Christine! A amaria de qualquer maneira, mesmo que fosse uma senhora ou já tivesse um passado com outro homem.

-Se Raul me amar, como diz que ama, ficará comigo como eu for, caso o escolha.

-As coisas não são assim! Ele é um jovem caprichoso, um visconde. Espera que seja a mesma moça pura que conheceu.

-E o senhor é meu maestro, um homem feito que precisa ser amado! -beija.

-Ah Christine.

Ela enfia suas mãos no peito dele e o acaricia.

-Um peito tão forte e liso.

-No corpo só tenho cicatrizes nas costas pelas torturas e as da nuca de nascença, como do rosto.

-Beijaria cada uma delas.

Ela continua a acariciar seu peito.

Erik perde o controle e começa a beijar o pescoço dela.

-Oh! Ama-me!

Ele a pega no colo, sem deixar de beijá-la e os dois vão parar na enorme cama do homem, onde ficam se beijando na ponta da cama. Ela senta no colo dele e beija com vontade aquela boca carnuda.

Erik mal pode acreditar que aquela menina fogosa em seu colo é a mesma Christine doce para a qual ensinava música. Era ele que lhe provocava estas coisas?

-Tem certeza que quer ter sua primeira vez com coisa que eu sou?

-Quero descobrir quem é o homem atrás do monstro! Me deseja tanto quanto me ama?

-Não imagina o quanto a desejo, pequena!

-Posso sentir! Então, por que hesita tanto?

-Nenhuma mulher quis sequer me beijar, que dirá deixar-se tocar. Tenho receio que se arrependa, ainda mais por dizer que está confusa. A primeira vez é especial.

-Estou confusa, mas não com isso. Estou confusa porquê... Posso ser sincera contigo?

-Sim, quero que volte a confiar em mim. Mesmo que diga que ama o Visconde.

-Amo o Visconde, mas... É diferente.

-Diferente?

-A Meg gosta do irmão dele e eles quase fizeram amor, mas Madame Giry chegou na hora.

-A Meg é menor e o safado se aproveitando dela?

-Ao que parece só iam brincar.

-Não deveria ter me contado.

-Não faça nada com ele!

-Vou só colocar os dois irmãos em um pacote só. -ri -Não me olhe assim, estou brincando. Quando faço não ameaço. E prometi não fazer mais. Ainda mais se for vontade da mocinha Meg.

-Sim, ela disse que o ama e o deseja.

-Ele é bem mulherengo.

-Ela sabe, mas o ama.

-Bem, não sou o pai nem a mãe dela. E a senhorita?

-Não sinto nada pelo visconde, nada além de amizade e um carinho no peito que não sei explicar. É uma espécie de amor.

-Para o casamento de um nobre é mais do que se podia pedir.

-Ele me faz sentir segura.

Ele apertou os olhos. Queria ele ser seu protetor.

-E eu?

-Com o senhor já me senti protegida quando pensava que era só meu anjo, mas agora, sinto-me cair em um abismo quando me toca, um arrepio por todo meu corpo, um calor que me consome. Tenho medo, quero fugir, para que não me alcance, mas quando me beija, quero me jogar em seus braços. Não sinto nada disso por Raul. É como se ainda fôssemos crianças.

-Bem estranho, achei que fosse ao contrário. Que sentisse só um carinho de filha por mim.

-Há tempo superei isto, desde que sei que é um homem, sinto coisas quando me toca.

-Deve ser curiosidade, está passando para outra fase, se tornando uma adulta e sou o único homem adulto com quem tem contato, digo homem de verdade, não este menino assustado da nobreza.

-Sr. Sigmund Freud, não tenho complexo de Electra. -beijo -Sinto coisas por você que não posso expressar com palavras, pois uma mocinha não pode falar destas coisas.

-Tampouco um homem como eu, um cavalheiro bem inexperiente.

-Mas podemos deixar que nossos corpos falem por nós. -disse colocando a mão em seu peito, acariciando e enrolando as pernas cheias de anáguas em volta do corpo dele. -Faça-me sua. O Raul não me provoca pedir-lhe estas coisas.

-Não quero que soframos, Christine.

-Não há motivo para nos arrependermos. Se for só desejo momentâneo, teremos saciado nossa sede de amor e cada um irá para seu lado. Mas se for algo mais, não posso me casar com Raul. Por favor, Erik! Disse que faria tudo por mim.

-Está bem, menina. Sabe fazer de mim o que quer. Perdi toda minha frieza contigo.

-Porque não consegue ser frio comigo.

Disse sorrindo, o que foi retribuído, pois o homem queimava de paixão por ela.

-Tenho certeza que quero amar este homem que diz que me ama tanto!

-Venha aqui, Christine.

Eles se beijam e o fantasma se deita sobre ela.

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Depois daquele beijo -O Fantasma da Òpera Chris y EricOnde histórias criam vida. Descubra agora