Depois daquele beijo -O Fantasma da Òpera Chris y Eric

Capítulo 13

    Depois de dois meses de investigações, a polícia havia parado de procurar pelo suposto fantasma, estava na cara que aquela história era fruto de mentes supersticiosas e não fazia sentido algum. Não haviam provas que existia um homem mascarado cometendo crimes no teatro, quem podia testemunhar não estava mais neste mundo e outras não queriam se envolver. Com a liberação, os donos poderiam continuar com as reformas e reabrir o teatro com muita pompa. A única questão é que a Prima-dona Carlotta não queria de forma alguma cantar naquele lugar novamente. Estava realmente assustada com tudo que presenciou e cogitava se aposentar. Christine Daaé, havia se afastado da carreira artística e segundo diziam, vivia no Palácio de Chagny, preparando-se para o casamento que se realizaria e com certeza já havia largado a carreira de cantora lírica. Isto era algo a se pensar, tão logo, tivessem condições contratariam um caçador de talentos para achar cantores líricos tão bons como de antes.

-Me recuso a admitir, mas aquele porcaria do Fantasma era bom nisso. E também bom compositor. –disse Armand

-Bobagem. Não poderíamos ficar o tempo todo a mercê daquilo. –contestou Firmin -Temos que pedir mais dinheiro aos Chagny para estas coisas.

-Nos inclinar aqueles nobres?

-Preferia inclinar-se ao tal Fantasma?

-Olha, agora que conheço os Chagny de perto, preferia cumprir às exigências do tal, se estivesse vivo. –disse Armand.

Madame Giry estava feliz que a polícia havia deixado de investigar o teatro e dado o assunto por finalizado. Podia respirar tranquila que Erik estava a salvo. E torcia para que ele ficasse sossegado lá em seu lugar, já que bem acompanhado, tinha mais coisa a fazer que ficar assombrando o teatro.

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Naquela tarde, Madame voltava para cada que ficava em frente a uma das colunas do teatro, quando deparou com uma carruagem. Já podia imaginar de quem era, ia dar meia-volta quando um homem a chamou.

-Madame Giry?

-Visconde! Me assustou!

-Não pretendia fugir de mim, não é?

-Como?

-Estou brincando.

-Não o vi, senhor!

-Claro que não. Presumo que está chegando.

-Sim.

-E Christine? Está em casa?

-Em casa?

-Sim, aí dentro.

-Er.

A mulher não sabia o que dizer, mas logo imaginou que a menina deve ter tido que iria para a casa dela, não ia falar a verdade.

-Er. No momento não!

-E onde está minha noiva?

-Foi, foi visitar o pai dela.

-Sozinha?

-Sim, sabe que ela gosta de ir visitá-lo.

-Ela não deveria ir sozinha! Não é de bom tom que uma senhorita de respeito vá por aí sozinha!

-Não foi sozinha, fomos juntas de charrete e depois a deixei lá, pois sabe como ela gosta de ficar com o pai sozinha.

-Esta loucura vai acabar quando se casar!

-Como, senhor?

-Não é nada, Madame Giry.

-Devo ir buscá-la.

-Cheguei de viagem e esperava encontrá-la em sua casa.

-O senhor estava viajando?

-Sim, pela Europa fazendo negócios. Lotte não te contou?

-Er, ah sim. Que cabeça a minha! É que esta reforma do Ópera está me deixando atordoada, tanta coisa para colocar no lugar.

-Por isto ela preferiu ficar com a senhora, não queria ficar sozinha. Espero que tenham passado agradáveis momentos juntas.

-Com certeza. Cuidei muito bem de Christine, Sabe que a tenho como uma filha.

-Sim, creio que Lotte já a convidou para o casamento!

-Falta o convite oficial.

-Já está tudo acertado. Pedirei que uma modista lhe tome as medidas para acompanhar Lotte ao altar, sabe que ela não tem um pai e um homem que a cuide, ou não tinha.

-Sim, não tem!

-Agora, ela não estará mais sozinha, terá a mim. –disse o visconde.

-Sabe que quero que Christine seja feliz. –disse segurando o rosto dele e olhando nos olhos -Ela demorou muito a achar isso.

-Eu sei. –disse, com receio, pelo jeito que o segurou –Mas agora, ela tem a mim! Vou cuidá-la e proteger! Não deixarei que seja mais atormentada por estas lembranças do pai dela, muito menos de aproveitadores como aquele!

-Aproveitadores?

-Sabe do que estou falando. O anjo da música, aquele velho monstro! A senhora mesmo me contou a história!

-Er, lembro. Pobre Erik.

-Não tenho pena, por pouco não me matou. Mas ele encontrou seu destino.

Giry olhou assustada.

-Ah sim, ninguém sobreviria ali naqueles condições. Ainda mais a polícia vasculhou e não achou viva alma. O infeliz encontrou seu destino, virou fantasma de verdade!

Giry colocou a mão no coração. Sabia que Erik estava vivo, mas as palavras do visconde não deixaram de assustá-la,

-Infelizmente, ele não pagou pelos crimes que cometeu! Saiu impune, mas como punição teve a solidão. Sim, sabe o que aconteceu?

-Não, pode me falar?

-Com todo o prazer:Christine escolheu a mim! Óbvio não? Mas para ele não. Ele achava que tinha chance. O monstro aquele ser horrendo do porão achava que poderia despertar algo além de asco em uma mulher como Christine.

-Não sei, visconde. Você é jovem, não conhece muito de relacionamentos. Não sabe como se deram as coisas.

-Outra coisa que ele despertou nela foi medo. Ela tinha medo dele. E como não teria? Imagina. E ele ainda parece que se passou como anjo da música ou algo assim. Bem, o importante é que já passou,

-Bem, esta história de anjo da música está enterrada. Mas não

Gosto que Lotte passe tanto tempo neste mausoléu de seu pai, de repente mandarei que construa um em nosso Palácio, junto ao dos Chagny.

-Mas os Daaé tem seu próprio.

-Isto pode ser resolvido. Já está levando muito tempo, sei onde fica o mausoléu do pai dela, vou buscá-la e fazer uma surpresa.

-Com certeza uma surpresa! Não precisa se incomodar, visconde! Já me comprometi a buscá-la!

-Incômodo algum. Minha carruagem está aí. Se quiser, venha comigo!

-Não, eu espero ela aqui, enquanto lhes preparo algo de lanche.

-Não será necessário, Madame. Mas se quer ficar, melhor que prepare suas malas.

-Como?

-Agora que estou aqui, Lotte voltará hoje mesmo comigo.

Quando o Visconde saiu, a senhora ficou desesperada.

-E agora, o que farei?

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O que será que Madame Giry fará? 

Será que vai trair nosso casalzinho?