chapter eleven

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Júlia.

saber que minha vida estava em risco era preocupante, mas legal. Era mais um motivo pra mim ficar viva.
Eram 8:46 da manhã e eu estava fazendo o café. Giela me disse que o advogado tentaria tirar Loren da delegacia hoje a tarde. Ele estava dormindo ainda, provavelmente tomou alguma coisa pra dormir ontem.

- Márcio. Acorda! Já são uma da tarde. — cutuco ele e ele resmunga.
- Para de encher o saco, porra. — ele estava alterado, ou ele não tinha dormido ou era a maconha fazendo efeito. Eu vou para a sacada e fumo um cigarro. Eu tinha diminuído, era um grande avanço.

- Porra! — ouço coisas caírem no chão, giela estava totalmente irritado hoje. — vai tomar no cu, caralho. — mais coisas caem no chão.
- Ai, se acalma mané.
- Cala a porra da boca você também. — uou, ele estava mesmo alterado.
- Quem você pensa que é pra falar assim, seu filho da mãe? — logo percebendo a cagada que fez ele se senta na cama e dá dois tapinhas pra mim me sentar.
- Foi mal, Júlia. O nosred soltou uma merda me atacando. Filho da puta, quem ele pensa que é?
- Calma, Giela. Descontar nas coisas e nas pessoas não vai melhorar porra nenhuma.
- Foda-se, Júlia. Preciso pensar em alguma coisa pra fazer ele se foder.
- Você pensa demais nas coisas que os outros pensam. Nem parece o Giela das músicas que fala que está totalmente foda-se para os outros.
- Eu não ligo. Eu realmente não ligo.
- Não parece.
- Escuta aqui, eu não ligo, ta ligado? Eu sou um merda, um viciado e realmente não estou nem ai pra porra nenhuma.
- Que foi hein? Essa sua mudança de humor me mata de raiva. Que caralho. Que se foda também. — eu tento passar pelo Giela que estava levantado perto da porta, mas ele segura meu braço e me joga na cama.
- Sabe o que realmente me mata? Ver você todos os dias e não poder encostar um dedo em você.
- Você pode.
- Não, eu não posso. Algum dia você descobre. — ele tenta se levantar de cima de mim, mas eu cansei dessas mini provocações e o puxo para mim, logo o beijando.
- Foda-se o que eu tenho para descobrir. Foda-se tudo por pelo menos duas horas.
Giela continua o beijo e desce suas mãos por todo meu corpo.
- Você é uma garotinha má por dentro né?
- Se é o que você acha. — Giela passa a mão debaixo de minha blusa, alisando minha barriga. As coisas começam a esquentar e então eu tiro a regata preta que Giela estava usando, ele apertava minha cintura, deixava marcas de chupões pelo meu pescoço, dava pequenas mordidas e também tira minha blusa. Por sua sorte eu estava sem sutiã.
- O tempo que eu esperei por isso não tá escrito.
Giela saí de cima de mim e pega um pacotinho de cocaína e espalha pelo meu peito. Ele se aproxima e cheira cada pó que tem em mim.
- Você é viciante pra caralho sabia?
Eu viro Giela pra baixo de mim, ficando por cima dele, eu o beijo, e lentamente começo a dar leves reboladas nele. Ele retira meu short e eu começo a descer minha boca por sua barriga, observando suas tatuagens que eu tanto admirava.
Márcio pega de seu bolso um baseado e começa a fumar enquanto eu continuava a descer minha boca e minha mão. Chegando ao meu destino eu arranco seu short e logo sinto sua ereção sobre sua cueca preta box.
Giela pega e me gira novamente ficando por cima de mim, beijando meu pescoço, me fazendo arquear sobre aquele toque. Ele fica com uma de suas mãos sobre meu peito e a outra vai descendo com sua boca até minha calcinha que logo foi arrancada.
- Quando eu te conheci naquela pista de skate, imediatamente quis te envolver no meu inferno. Te fazer minha, te dar prazer, ter a honra de te chamar de minha.
- Você pode fazer tudo isso se quiser.
- Você não entende, pequena patinha.
Parando de conversa ele beija minhas coxas e vai direto ao ponto que ele tanto esperava.

prazer, uma coisa mais viciante que maconha.
Inferno ou céu? Eu estava ao lado de um diabo ou ao lado de um Deus?

giela coloca o baseado em minha boca e eu fumo. Era minha primeira vez fumando maconha.

mas para a infelicidade do capeta, batidas nas porta são escutadas.
- porra. Porra, que porra eu tô fazendo? — Giela coloca seu short e eu coloco minha blusa, indo logo atender.

era a porra do carteiro.
- muito obrigada. — filho da mãe.

giela;

onde você tava com a cabeça Giela? Júlia volta ao quarto e fala que era o carteiro.
- Escuta, Júlia. Eu tô loucão beleza? Acho que o que aconteceu foi um engano. — continuo fumando meu baseado.
- Tá falando sério? Você é um canalha, namoral. — Escuto a porta do quarto ao lado bater.
Eu queria ela pra caralho, mas eu não podia. Me sentiria mais merda ainda se eu deixasse ela se apaixonar por mim. Ela ficou o dia inteiro sem sair do quarto e sem falar comigo.
- Ai, você não vai fazer a janta não?
- Não, pede pizza.
- Júlia, qual foi? Desculpa.
- Eu tô puta pelo que você disse. Mas relaxa, não sei na onde eu tava com a cabeça.
Eu não sabia descrever qual era meu relacionamento com ela, na real. Ficamos a noite toda vendo filmes e comendo. Por incrível que pareça eu não fumei depois de manhã, e eu estava me sentindo bem. O dia hoje foi bem calmo uma sensação nova pra mim. Júlia estava dormindo em meu ombro então eu fecho meus olhos sentindo a presença dela. Um outro motivo para eu não ter terminado o que estávamos fazendo era que Júlia era uma garota doce, nunca tive experiências assim com garotas como ela, não sei como agir.
Então eu acabo adormecendo ao lado do anjo de meu inferno. É a única anjo que aguenta meus pesadelos, meu inferno, meu vício. Preciso escrever uma música nova sobre isso, caralho. Vai ser uma boa.

𝔪𝔢𝔯𝔡𝔞𝔰 𝔞𝔠𝔬𝔫𝔱𝔢𝔠𝔢𝔪 /Lilgiela33Onde histórias criam vida. Descubra agora