Eu nunca tinha dormido tão bem assim.
não sabia se o motivo era: Ter dormido com o Giela, estar muito cansada ou pra esquecer o que aconteceu. Ele ainda estava ao meu lado, com sua linda mão na minha cintura e a outra de baixo de minha cabeça.
Tento levantar sem acorda-lo.
- Não precisa ter cuidado pra levantar, eu ja acordei, patinha.
- Se já havia acordado, por que deixou sua mão na minha cintura?
- Não queria te acordar, estava num sono tão pesado. Mais tarde é gravação do meu clipe ; merdas acontecem. E você vai participar.
- Que!? O que eu vou fazer?
- Não sei ainda, eles vão falar na hora. —
eu nunca tinha participado de um clipe antes, nem nada do tipo. — Não precisa ficar com medo, todo mundo ja te conhece.
Eu queria experimentar coisas novas, e isso me parecia uma boa. Eu me levanto e vou para o banheiro, logo lançando meu olhar sobre o espelho.aquelas marcas eram sinal de que eu era forte ou significava que eu estava suja? Roxos espalhados por meu pescoço.
Como alguém tem coragem de fazer isso? Roxo é uma cor tão bonita e me fizeram ter nojo dela, da humanidade e o pior de tudo; de mim. Isso não era culpa minha, ou era?- A culpa não é sua. — ele estava no batente da porta. — eles que são monstros nojentos.
Era interessante o modo em que ele sabia no que eu estava pensando.
- Sei lá, não sei por que sinto isso. — e mais uma vez estou no abraço confortável de Giela.
- Hoje eu vou tentar fazer o café da manhã, não prometo nada. — nós dois rimos em uníssono.- Isso era pra ser o que exatamente? — digo mastigando.
- Era pra ser torrada. — torrou foi com meu estômago.
- melhor você focar somente em torrar baseados, é o certo. — Giela ri. Uma risada gostosa de se ouvir.
Loren entra na cozinha jogando as chaves com força na mesa á minha frente.
- Ai, o quê ta rolando? Ta bem? — me direciono ao lado dele, depositando um beijinho em sua testa.
- são uns problemas meu, anjinha. Relaxa.
Eai, giela? Suave?
- Suave cara. — mal termina de falar e Loren vai para cima.
- Seu arrombado! Mandou polícia pra minha casa seu merda? Qual foi hein?
Os dois estavam em movimentos bruscos, até Giela o empurrar.
- Ta chapando meu irmão? Por que caralhos eu ia mandar polícia pra sua casa? Ta tirando?
- Tinha maconha dentro da minha casa, na porra da minha mesa! E você é o único que faria isso por causa da Júlia!
- Você fuma maconha também seu filho da puta, ta falando o quê? E não coloca a Júlia no meio disso.
- Você é um merdinha, sabia? Por isso que a Naxx não quis saber de você, você não passa de um viciado de merda que se deixar passa até fome! Naxx fez o certo em se livrar de você e a Júlia também vai sair daqui. Vamos, Júlia. — Loren limpa o canto da boca e passa por mim, quando eu digo:
- Não. Eu não vou. — ele se vira lentamente olhando pra mim.
- Como é? Ele é um viciado que a qualquer momento pode tentar fazer algo com você. Vamos logo.
- Eu não vou, porra. Eu já te disse que eu tenho idade pra fazer minhas escolhas. Eu não tô te reconhecendo, Loren. De verdade.
- Quer saber? Que se foda, vocês dois. Aliás, vocês se merecem. Mas você vai pagar, Giela. Pode ter certeza que sim.O estrondo da porta me fez despertar do meu transe, fazendo eu olhar pro Márcio.
Ele estava... chorando?
- Ai — Vou até sua frente e coloco minha mão em sua bochecha. Logo em seguida dando o abraço que ele mais precisa.
- Que merda, Julia. Que merda! — ele fala entre as curvas de meu pescoço, abafando com as lágrimas.
- Ele foi um cuzão, não fica assim. Ai, olha pra mim. — demora em torno de três minutos para ele olhar. — bola pra frente, deixa ele pra lá, deixa a Naxx pra lá. Foca no que te faz bem, presente.
- Eu não posso ter o que me faz feliz no presente. Eu não mereço. — que caralho, ele continua falando da Naxx?
- olha, vamos esquecer tudo isso? Mais tarde vamos gravar um clipe, lembra?
- pô, verdade né. — ele limpa pequenas gotas de seus olhos e vai para a sacada, provavelmente fumar pra se aliviar.- Entendeu o que a senhorita vai fazer?
- Entendi sim. — ta bom, resumidamente eu vou ter que fazer uma cena de beijo com o Giela. Vai ser totalmente profissional, eu espero.
Tínhamos droguinhas em cima da mesa, que iria fazer parte do clipe."to viciado, na minha mesa tem opióide, me afoguei no ópio essa merda me fez acordar tarde"
essa era a música que estava tocando no fundo da gravação. Logo chega a minha vez de fazer a cena, graças a Deus eles iriam borrar minha cara.
- Não vai se apaixonar no meu beijo hein, patinha. — faltavam 10 segundos para a gravação iniciar.
- Cuidado pra você não se apaixonar hein, as vezes eu posso ser mais viciante do que qualquer merda por ai. — 6 segundos.
- Com toda a certeza do mundo. Não consigo ficar longe de você nem por três segundos. — 3 segundos.
- Ta vendo? Totalmente viciante.
- Ação. — E lá estava eu, beijando Lilgiela33 no seu clipe. Era um beijo com emoção, mas profissional. Admito que já quis beijar Giela antes, agora eu tenho uma provinha. Minhas mãos envolvem seu pescoço e sua mão direita vem a minha cintura.
Agora era outro trecho, nós dois deitados no chão e eu ao seu lado fumando. E mais um beijo saí. Após terminarem, eu continuo encarando ele.
- Tira uma foto, pata. — O olhar dele havia mudado, não sei se era por conta do cigarro ou algo assim.
- Temos uma ótima notícia, não vão precisar repetir a cena. — o produtor diz, brincando.
- Isso ai é uma péssima notícia — Giela sussurra e se levanta. — ai patinha, hoje á meia noite iremos ver o clipe com uma galera minha, aqui em casa mesmo.- Qual dos dois? — mostro dois croopeds pra Giela. Um somente com uma manga e o outro tomara que caia. Um preto e o outro cinza
- Hum, esse — Ele aponta pro preto. — vai realçar sua beleza. — pensei que ele iria ser romântico, mas logo levanta as sobrancelhas e olha para meus peitos.
- Giela!?
- parei parei. — volto para meu quarto e dessa vez tiro duas calças do guarda roupa, uma larga jeans e outra larga cargo.
- Qual?
- A jeans. Combina com o top preto.
- É crooped. Não top.
- Ai, tanto faz. E de tênis, aconselho você por o vans. — Estava ajoelhada pegando meu vans, quando sinto uma presença atrás de mim.
- sem brincadeira alguma? Você vai ser a mais bonita da noite. — eu me levanto, ficando alguns centímetros mais baixa.
- E você vai ser o mais foda daqui. — surpreendentemente, ele me beija. Mas logo em seguida ele desfaz.
- Eu não posso, porra. Eu não posso, caralho. — ele saí pela porta da frente, totalmente desgovernado.mas que porra?
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𝔪𝔢𝔯𝔡𝔞𝔰 𝔞𝔠𝔬𝔫𝔱𝔢𝔠𝔢𝔪 /Lilgiela33
Fanfictione se você entrasse na vida do viciado que quer morrer? Você conseguiria fazer ele viver, ou você seria só mais uma?