Um pouco ousado

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Venice não entendeu o plano de Prapai de cortejar Sky. Mas ele supôs que não precisava entendê-lo. Ele também estava ocupado com seu próprio plano.

Rain e ele estavam trocando mensagens de texto desde o jantar. Houve muitas brigas por parte de Rain, mas ele nunca parou de responder a Venice. Rain sempre brincalhão e engraçado, e ele fazia Venice sorrir para si mesmo sem motivo. Ele estava sendo provocado por Macau e Pete o tempo todo, e estava se tornando um nível de constrangimento que ele não conseguia se defender. Mas ainda não era tão embaraçoso quanto Prapai e seu buquê de girassóis.

Prapai estacionou o carro na rua e caminhou até a loja, confuso por não haver ninguém lá. Prapai colocou o buquê no balcão enquanto Venice andava pela loja, sem encontrar ninguém.

“Algo está acontecendo.” Ele disse. Prapai tentou espiar nos fundos da loja, seguindo rapidamente Venice para fora. Venice contornou o prédio e parou ao ver meninos circulando Rain e Sky que estavam praticamente contra a porta dos fundos.

Rain deu um passo à frente apontando o dedo para um deles. "Se você fizer qualquer coisa para nós eu contarei a P'Venice tudo sobre isso!"

"P'Venice? Aquele mecânico?!"

“Você me chamou?” Venice perguntou em voz alta.

Os meninos se encolheram, recuando assim que viram Venice e Prapai parados. Os olhos de Prapai escaparam para Sky, dando-lhe um sorriso largo que o fazia parecer um cachorrinho feliz. Sky, por outro lado, parecia estressado.

"Você está aqui?"

“Eu acho que sim.”

"Isso não é da sua conta. Então saia antes que as coisas fiquem ruins."

“Eu não acho.”

"Somos sete e... Você? Talvez seu amigo ali, e estes..." Ele olhou Sky e Rain de cima a baixo. Rain deu um passo à frente pronto para acertar o cara, mas ele foi contido por Sky. "Eu acho que dois e meio?"

“Esta loja está sob proteção.” Prapai anunciou, com as mãos nos bolsos. “Se algo acontecer com ele, alguém receberá a visita dos catadores.”

"Não estamos atacando a loja."

“Você está atacando as pessoas que trabalham aqui.” Prapai caminhou até eles, ficando entre as duas partes. Venice o seguiu, silenciosamente. "Então. Há um problema aqui?"

Prapai teve seu colarinho agarrado. Nem ele nem Venice se encolheram, mas Sky e Rain sim.

"Não. É. Da. Sua. Conta."

Prapai riu. “Você sabe quem eu sou?”

"Eu vi você correr. Você se acha um figurão por causa disso? Você não é. Você sabe quem eu sou?!"

“Pelos sapatos e pelo relógio… Um garotinho rico que pensa que seu dinheiro significa alguma coisa. Não. Eu vou te dizer de novo. Esta loja está sob proteção. Agora.” Ele disse, perdendo o sorriso. “Se você quer manter suas malditas mãos intactas, tire-as de cima de mim.”

O cara empurrou Prapai. "Ou o que?"

Venice não achou tão engraçado quanto Prapai. Em vez disso, ele se virou para Rain e Sky atrás deles.

“Eu acho que você deveria voltar para dentro. Não é bom deixar a loja vazia assim, alguém pode roubar você.”

"Não deveríamos ligar para alguém?" Sky sussurrou.

“Por quê? Já estamos aqui.” Venice abriu a porta para eles e acenou para que entrassem. “Vamos conversar em um momento.”

Ele piscou para Rain que hesitou, mas obedeceu Venice, fechando a porta atrás deles. Ele se virou a tempo de ver Prapai dar um soco forte na mandíbula daquele cara. O cara caiu para o lado, sendo pego por dois amigos, ganindo – com razão – pensou Venice. Ele definitivamente teve uma fratura.

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