Nos vendo

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Quando Vegas saiu de casa para dar uma volta, Pete esperou um pouco antes de ir para o quarto de Venice e encontrar seu filho deitado na cama, olhando para o teto. Ele parecia mais jovem naquele momento. Ele parecia o triste menino de treze anos que foi punido depois de bater a moto de seu pai.

Pete se deitou no travesseiro de Venice bem ao lado dele, respirando fundo. “Você tem um monte de coisas guardadas.”

Venice não se atreveu a responder. Portanto, cabia a Pete continuar. Quando esse garoto se fechava, era como tentar abrir um cofre com uma escova de dentes. Então ele não forçaria a abertura, ele apenas tentaria encontrar as chaves.

“Vegas é cruel às vezes. Mas ele não é uma pessoa cruel.”

"Você e eu amamos ele, mas nós dois sabemos que ele é uma pessoa terrível."

“Não. Ele é apenas uma pessoa.”

"Que faz coisas terríveis."

“Eu também faço.”

"Eu não disse que você era uma boa pessoa."

“Você se acha uma boa pessoa Venice?”

Venice respirou suavemente. Não, ele não achava. Ele sabia que não era bom, mas fazia o possível. Ele não seria como seus pais. "Eu tento ser."

“Não parece muito. Você ainda é muito ingrato, egoísta e tem o temperamento Theerapanyakun.”

"Se você está aqui para me repreender, saiba que não estou ouvindo."

“Nice...”

"Você pelo menos percebeu que vocês dois gostam de agir como o produto fodido de todas as suas falhas combinadas e que tudo o que eu faço sempre será decepcionante e insuficiente para seus padrões? Porque estou cansado disso."

“Isso não é verdade.” Pete olhou para ele, estendendo a mão para seu braço. “Nós não vemos você assim. Você só nos deixa com medo.”

"Por que?"

“Porque temos muitos defeitos e não queríamos passá-los para você! E é claro que você também terá defeitos, mas não sei o que é mais assustador: você ter os mesmos defeitos que nós, ou você ter defeitos que não conseguimos entender. Não estamos desapontados com você. Se formos duros com você, é porque temos fé em você.”

"Fé em eu me tornar como vocês."

“Se isso significa alguma coisa, acho que você não deveria fazer parte do negócio se não é isso que você quer.”

"Mas sempre que papai me arrasta com ele, você não faz nada."

“Talvez eu tenha cometido um erro ao deixá-lo levar você. Mas não é porque eu quero que você esteja no negócio. Eu só quero que você conheça o mundo em que vive um pouco melhor. Sempre tento te proteger, mas quando eu não estiver aqui ou quando não puder te ajudar, não quero que você não saiba o que fazer. Você deveria estar mais atento ao que te rodeia, é tudo o que quero que aprenda.”

Venice olhou para a parede, se fixando nela sem motivo algum além de não olhar para o pai. Pete sempre teve um plano, um sistema, um motivo. Vegas e ele eram parecidos nesse sentido. E agora que Venice havia crescido, ele podia ver que, embora Vegas fosse aquele que se aproximava de todos e mostrava seu rosto, Pete era quem o segurava. Às vezes Vegas podia ser tão emociona e é claro que era Pete em sua natureza fria e calculada que o mantinha unido. Venice entendeu isso. Ele não tinha certeza de como se sentir sobre tudo isso. Tudo naquela casa e na família deles era tão cheio de camadas e complexo.

“Eu posso te dizer isso. Não importa como Vegas age, nós dois queremos que você esteja seguro e feliz. Não queremos que você seja tão miserável quanto éramos quando éramos mais jovens.”

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