Minha falta

141 18 8
                                    

“Com gravata ou sem gravata?” Prapai perguntou. Ele ficou olhando para o armário como se as roupas fossem ser colocadas em seu corpo num passe de mágica. Porsche estava tentando não tirar sarro dele por causa disso, mas Tankhun continuou reclamando para ele escolher algo chamativo para vestir. Mas não era o estilo de Prapai.

“Absolutamente sem gravata.” Porsche disse. “Qual é a cor favorita dele?”

"Verde. Ah, tenho uma camisa verde aqui em algum lugar.”

“Eu tenho uma jaqueta verde linda!” Tankhun ofereceu.

"Não. Tio, temos estilos diferentes, guarde suas roupas para você."

“Você é tão chato, P'ai.”

Prapai tirou uma camisa verde limpa do armário e a vestiu, deixando o peito desabotoado.

"Sim, assim." Porsche apontou para o espelho. "Bonito."

“Você diz isso só porque ele se parece com você.” Tankhun bateu no braço de Porsche, arrancando uma risada dele.

"Claro! Eu o ensinei a ser legal!”

“Eu o ensinei a ser legal!”

“Na verdade, tio Kim me ensinou a–” Prapai abaixou a cabeça para não ser atingido pela bota de Tankhun.

“Ele te ensinou a ser intrometido! Foi isso que ele te ensinou.”

"Não, isso foi você." Prapai sorriu. Ele ficou um pouco nervoso quando pegou sua jaqueta de couro no cabide. "OK. Vou."

Porsche se levantou e caminhou até o filho, lhe dando um tapinha no ombro. "Seja confiante! Tenho certeza que ele quer ficar com você."

“Ainda acho que você deveria ter preparado o jantar para ele aqui. Um grande jantar. O Lembre do que ele está perdendo.”

Prapai revirou os olhos e foi sacudido por Porsche ao olhar para ele novamente.

“Sky é um bom garoto. Você também é um bom garoto. As coisas vão dar certo.”

“Obrigado, Pa.”

"Vá. Não se atrase, isso é ruim para você.”

Prapai assentiu, recebendo um beijo na bochecha antes de ser empurrado para o corredor. Prapai caminhou com propósito. Ele olhou para o relógio e depois para o dedo anelar. Naquela noite, ele encontraria Sky usando seu anel e tudo ficaria bem. Eles encontrariam um terreno comum e viveriam felizes para sempre.

Certo. Certo. Vai ficar tudo bem. Prapai repetiu para si mesmo. Ele respirou fundo quando as portas do elevador se abriram e saiu surpreso com seu pai que estava voltando.

"Ei."

"Ei." Prapai o observou entrar no elevador. "Como foi a reunião?"

"Boa. Onde você está indo?"

“Vou me encontrar com Sky. Me deseje sorte."

Kinn assentiu e piscou para ele. "Você consegue."

"Certo."

"Você está nervoso?"

"Você pode dizer?"

"Só um pouco." Kinn acenou para ele. “Você vai se atrasar. Isso não é atraente.”

Prapai sorriu. "Pa disse o mesmo."

"Vai! Vai! Vai." Kinn apertou o botão do elevador para subir e provavelmente para interromper a conversa.

***

Sky olhou para a tela de seu telefone para ver a hora antes de colocá-lo próximo ao ouvido novamente.

Sob sua influência Onde histórias criam vida. Descubra agora