Sky não queria entrar em pânico, mas sempre que via o rosto de Gun, não conseguia evitar de congelar e sentir cada músculo de seu corpo ficar tão pesado que nem mesmo seus gritos conscientes o faziam correr. Era mais do que ter medo. Ele estava com raiva e com o coração partido e, pior de tudo, puramente enojado. Seu rosto era ofensivamente repugnante, especialmente quando ele sorria.
Sky estava atrás do balcão da loja quando Gun apareceu. Havia coisas ao seu redor que ele poderia jogar, se defender e possivelmente ferir Gun como ele merecia ser ferido. Mas ele teria que se mover e isso parecia impossível.
"Seu namorado não apareceu por aqui por um tempo." Gun olhou para o balcão, deixando cair algumas moedas no vidro para pagar a lata de refrigerante que tinha na mão. “Vocês terminaram? Você sabe que os mafiosos nunca estão satisfeitos. Como você caiu nas garras de um cara assim?”
Sky olhou para as moedas. Ele não conseguia nem contar o dinheiro. Suas mãos tremiam e se ele as colocasse no balcão, ficaria ainda mais claro para Gun o quão assustado ele estava. Ele era como um cachorro, provavelmente podia sentir o cheiro de medo em Sky.
“Você não vai me contar? Eu vou descobrir eventualmente.”
Sky inspirou e expirou, fazendo o possível para somar 2 e 2 e contar aquelas malditas moedas. Gun atingiu a palma da mão no balcão.
“Estou conversando com voce!”
Sky estremeceu. O mundo estava desabando ao seu redor e o chão não era forte o suficiente para mantê-lo de pé por muito mais tempo. Sky prendeu a respiração sem pensar nisso. Ele pensou que se pudesse ficar parado por tempo suficiente tudo ficaria bem, ele ficaria bem, ele sobreviveria.
“Sky, Sky.” Gun suspirou. Ele estava prestes a dizer algo quando um homem entrou na loja. Ele era familiar para Sky, embora Sky só reconhecesse onde ele tinha visto o homem antes por causa de suas roupas. Ele sorriu para Sky.
"Boa noite, Sr. Sky." Pol caminhou até o balcão. "Khun Prapai me pediu para levá-lo de volta. Ele quer jantar com você esta noite."
Sky piscou para o guarda-costas que usava um sorriso amigável. Ele estava desesperado por uma saída, mas não podia realmente sair.
“Eu tenho que esperar até que meu colega de trabalho chegue. Estou sozinho na loja.”
"Isso é bom!" Pol disse. "Khun Prapai ainda está em uma reunião de qualquer maneira. Vou esperar. Posso lhe fazer companhia?"
"Sim" Sky arrastou as moedas do balcão para sua mão para contá-las. Suas mãos tremiam tanto que ele teve medo de deixá-las cair.
Gun olhou para Sky, que não olhava para ele enquanto trabalhava com o registrador. Ele pegou seu refrigerante e saiu, sem se importar com o troco ou em dizer mais uma palavra, deixando Sky encostado no balcão para respirar tão fundo que pensou que fosse chorar.
"Sky, oh, posso te chamar de Sky? Você está bem?"
Sky assentiu, mantendo o rosto abaixado e a boca fechada.
"Se alguém te machucar, você pode contar a Khun Prapai. Ele vai ajudá-lo."
“Eu não preciso da ajuda dele.”
Pol não sabia o que dizer. Ele não conseguia entender qual era o sentido de ser o garoto de Prapai e não aproveitar ao menos a proteção dele. Ele não teve que esperar muito até que Rain chegasse, sendo seguido por Venice, que estava bastante confuso com a presença de Pol.
"Boa noite, Khun Venice.” Pol lhe deu um aceno de cabeça.
"Ei. Você é o guarda-costas de Sky agora?"
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Sob sua influência
Fanfiction*Continuação das Rodas de Treinamento* Enquanto a família principal e seus pais tentam fazer com que Venice e seu primo Prapai sejam rivais, os dois estão mais interessados em dividir o circuito de rua sem problemas entre eles. Quando Venice conhece...