- Amor, por que não avisou que ia voltar? Pergunta Irene enquanto se aninha nos braços de Antônio na cama.
- Achei que assim ia ser melhor. Você não achou? O homem pergunta enquanto alisa o rosto de sua esposa.
- Claro. Foi uma volta memorável. os dois riem se abraçando ainda mais.
- Você...Acabou a sua viagem de trabalho?
- Não... Eu volto amanhã de manhã bem cedo. Só vim pra matar a saudade que eu tava de você e do nosso filho.
Irene sente o seu coração apertar de novo. Ela não sabia o porque daquele sentimento; Se era saudades, medo de estar sendo traída outra vez ou se algo realmente fosse dar errado. Ela permanece em silêncio. Não sabia o que falar. Ela sentia ódio, aflição, amor. Tudo estava muito confuso dentro dela.
- Irene? Tudo bem? Indaga Antônio olhando para o rosto indecifrável de sua mulher.
- Está. Responde friamente. - Vou pedir pra Cecília trazer o Daniel, ele está com saudades.
- Tá bom. Diz estremecido com a sequidão nas palavras de Irene.Alguns momentos mais tarde Daniel chega alegrando o ambiente tenso em que a casa se encontrava. Ele estava feliz. Seu pai finalmente estava em casa.
- Papai!!!!! Você tá em casa!!!!! Ele corre ao encontro de Antônio que o carrega e o abraça em seu colo.
- Que saudade que eu tava de você, moleque!Antônio se entrega ao momento com o seu filho até ser interrompido pela vibração do celular no bolso das suas calças.
- Não vai atender, Antônio? Irene o observa desconfiada.
- Vou. Antônio coloca Danielzinho no chão pegando o celular. - Eu vou atender lá fora. Ele da passos largos até chegar na área da piscina.
- Você tá louco??? Eu não te falei que não era pra me ligar enquanto eu estivesse aqui? Você tem merda na cabeça, Silvério? Antônio fala transtornado.
- Doutor Antônio, saia dessa ilha imediatamente. Era tudo uma armação!!! Estava tudo esquematizado. Marino se juntou com o prefeito pra ter mais provas contra você e prova de que você estava vivo. Saia daí! Eles estão indo prender você.
Antônio ouve aquilo sem acreditar, perplexo. Como ele pôde se deixar enganar desse jeito?
- Mas e a terra das esmeraldas, como fica?
- Antônio, eu vou tentar desenhar pra você; Não tem terra, não existe esmeralda. Foi uma armação e você caiu. Agora sai daí com a sua família porque o Marino não está indo em uma operação policial. Ele quer vingança.Antônio desliga. Agitado, culpado, trêmulo. Leva as mãos à cabeça em sinal de desespero e olha para a sala sentindo o seu mundo desabar.
- Irene...Daniel...Não!!!
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