Irene segura o rosto, limpa as lágrimas de Antônio e cola sua testa na dele.
- Eu te amo. Ela fala em um sussurro. - Mas eu preciso pensar, tá bom? Não é tão simples assim.
Antônio passa as mãos no rosto tentando se recompor, da um leve beijo nos lábios de Irene e enquanto alisa o seu rosto afirma que irá dar o espaço que ela precisa pra pensar.
- Você quer que eu olhe o menino pra espairecer um pouco lá fora? Antônio indaga. Irene olha pra ele com um olhar de desconfiança, não sabendo se seria uma boa ideia deixar a criança com ele.
- Ô Irene, eu criei três filhos, esqueceu?
Ele fala se gabando em um tom divertido.
- Não esqueci não, lembro muito bem como você cuidava deles... Colocou a Petra pra dirigir com 9 anos de idade. Ela fala gargalhando fazendo com que ele também desse uma risada sincera.
- Eu prometo que... Esse menino, que aliás... Como é o nome dele?
Irene enche os olhos de lágrimas ao ouvir a pergunta quase evitando falar.
- É...Daniel. O nome dele é Daniel.
Antônio balança a cabeça em concordância e não fala mais nada. Sabia o quanto ainda doía para os dois ter lembranças do filho amado.
- Então...Eu volto em... 30 minutos? pode ser?
- Pode.Ele a observa sair, admirando cada curva do seu corpo. Deus, como ela era perfeita, linda, deslumbrante, irretocável. Como ele a amava. Antônio deitou junto a Danielzinho e acabou adormecendo como a muito tempo ele não dormia. Era disso que ele precisava pra ter um bom sono; Sensação de pertencimento, paz.
1 hora depois
Irene abre a porta do quarto e se depara com a cena dos dois amores da sua vida dormindo em um sono tranquilo, leve.
Ela sorri ao perceber como Antônio estava tão vulnerável e tão entregue, isso a faz acreditar que ele mudou, pelo menos um pouco. Ela estava disposta a perdoa-lo, estava disposta a recomeçar a vida deles outra vez, porém com alguns pesos e condições. Ela não havia se tornado uma santa, bem longe disso, mas não toleraria mais em sua vida situações que a colocassem em risco outra vez.
Eles teriam uma longa conversa.
Irene se senta na cama ao lado de Antônio e o toca suavemente, o fazendo despertar.
- Eu resolvi aceitar a sua proposta.
Antônio da um sorriso de canto tentando disfarçar o tamanho da sua alegria ao ouvir aquilo. Sim, ele estava muito feliz. Mas não queria parecer desesperado, afinal, havia chorado na frente de sua mulher o que não chorou em 30 anos.
- Eu sei, você não consegue viver sem mim. Antônio se gaba.
- Mas você é muito convenci-Antônio puxa Irene e a beija em um beijo apaixonado, sua línguas se entrelaçam com lentidão e ao mesmo tempo com muita intensidade. Ele a pressionava contra si, a agarrava, como se quisesse ter a certeza que ela nunca mais sairia dali.
- Que saudade eu senti de você, Antônio.
Fala entre beijos molhados com a voz ofegante.
- Você é minha. Minha!
Antônio volta a invadir sua boca com a língua até que são interrompidos por um choro alto e estridente. Irene se desvencilha de Antônio rapidamente e pega o seu filho no colo.- Oh meu amorzão, acordou?
Irene brinca sorridente com o menino que agora estava se deliciando com o seu mingau de leite. Antônio deita derrotado, mas amando ver aquela cena outra vez.
- Ele acordou...E eu? como é que eu faço pra adormecer isso aqui?
Aponta para o seu membro rígido e duro apertado nas calças.
O quarto é invadido pelo som da risada de Irene, que fazia gestos com a mão indicando que não sabia como ele iria fazer.
- Meu bem, agora você tem que lembrar que eu tenho um filho pequeno outra vez e não tenho Angelina nessas horas de emergência. Então vai ser um pouquinho complicado.
Ela ria com vontade.
- Amanhã mesmo vou contratar uma babá pra esse moleque.
- Nada disso. Não quero meu filho com nenhuma desconhecida. Você vai ter que esperar!Antônio revira os olhos e se conforma que não
iria transar por aqueles dias. Seria uma longa e torturante semana.