Capítulo Doze

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— Aquela é a ursa maior — Chenle ergue o indicador e faz uma forma no ar com o dedo, apontando para as estrelas

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— Aquela é a ursa maior — Chenle ergue o indicador e faz uma forma no ar com o dedo, apontando para as estrelas.

Ambos estamos deitados na grama sob o céu, encarando as estrelas à procura de uma pista, um segredo ou um beijo. A noite não é mais assustadora. De repente, tornou-se um santuário de amor.

— O que é uma ursa maior?

— Uma constelação. É o nome dela.

— Ah, entendi — viro o rosto pra o lado direito, onde Chenle está deitado. — Então quer dizer que você entende de céu.

— Eu entendo sobre muitas coisas. Quando eu estiver mais velho, irei entender muito mais e mais e mais.

— Eu também — busco sua mão entre as gramíneas e assim que acho, seguro carinhosamente. — Talvez você vire um ancião. Sabe, um velho sábio.

Chenle ri, mas não tira os olhos das estrelas e da lua brilhante e prateada. Onde estamos não está tão escuro, alguns vagalumes transitam aqui e ali, e às vezes sinto a grama me acariciar.

— E você vai ser um velho resmungão.

— Eu não resmungo.

— Ora, já te vi falando sozinho Jisung, é meio preocupante.

— Não é preocupante porque é mentira.

— Então você vai virar um velho resmungão e mentiroso. Talvez com uma pincelada de orgulho também.

— Eu não sou orgulhoso.

— Eu não disse que você é. Eu disse que será, se continuar assim — ele vira o rosto para mim.

Céus, eu quero tanto beijá-lo de novo... Sinto-me entorpecido com sua presença.

— Ah, seu chato!

Chenle me dá língua e depois sorri daquele jeito bobo dele que me faz sorrir também de tão lindo e brilhante. 

— Eu gosto de você, Jisung.

— Mesmo eu sendo assim? Mesmo querendo ter tanta coisa e não tendo ideia do que quero ser? Mesmo eu não conseguindo fazer uma coroa de flores decente e querer que o mundo seja do meu jeito? Apesar de tudo isso e até o que ainda não sabe, você gosta de mim?

— Hm. Eu gosto de você. Gosto mais ainda por não saber fazer uma coroa de flores que não seja torta e por querer mais do que seu braço possa alcançar. Gosto de você mesmo que não saiba o que quer ser e por achar que o mundo é cruel. Eu não gosto de você por conta disso e nada disso me faria gostar menos de você.

— Você acha que gosto de você também?

— Eu tenho certeza que você gosta de mim também.

— Porque eu gosto.

lágrimas de unicórnios ★ chensungOnde histórias criam vida. Descubra agora