Capítulo Treze

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— Qual é, cara? Abaixa isso! — o rapaz remexe as mãos quando sai do arbusto

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— Qual é, cara? Abaixa isso! — o rapaz remexe as mãos quando sai do arbusto. — Que porra, você vai mesmo ficar com isso apontado para mim?

— Quem é você? — questiono, olhando-o de cima a baixo.

Ele veste uma camisa larga, que talvez algum dia tenha sido branca ou bege, mas está encardida, os laços estão abertos. Além disso, uma calça de couro bem apertada e uma bota de couro. Percebo o cabelo preto curto completamente desgrenhado, além de um rosto amassado como se tivesse acabado de acordar, além de olheiras. O que me chama atenção são os resquícios de lápis de olho, os anéis grandes e grossos e nem um pouco amigáveis — caveira, dedo de esqueleto e olho de crocodilo —, sem contar uma bainha vazia, o que pode significar que sua espada está em algum local por aqui perto, me esperando baixar a guarda para ele simplesmente sacá-la e matar tanto Chenle quanto eu.

— Ei, calma lá! — ele até solta um pequeno riso ao me ver dar um pequeno passo à frente. — Suas flechas são boas, mas não vai ganhar nada me matando. Sabe, só sou um peregrino.

— Você é um pirata.

Ele fica cerca de cinco segundos encarando o chão até me olhar outra vez. Suas mãos agora estão erguidas como se estivesse se rendendo. Eu não confio nele.

— Tá, você me pegou. Sou um ex-pirata. Deixei essa vida há cinco dias e sete horas. Gostou? — ele abre um sorriso mordaz.

— Chenle, fica atrás de mim — peço, já que ele está na minha diagonal para frente e se esse doido tentar algo, ele pode ser o primeiro atingido. — Agora.

Meio hesitante, Chenle vem ficar atrás de mim. Sinto o calor do seu corpo perto das minhas costas.

— Você é bem estressadinho, não é? — o pirata arqueia uma das sobrancelhas. — Eu não vou fazer nada com vocês. Não vê? Não estou nem com minha espada.

— Aposto que ela está no chão, pronta para você pegar quando eu baixar a guarda. Estou errado?

— Aposto que você se sente o herói, salvador, desse jeito — ele ri. — Não há nada no chão.

Para provar seu ponto, esfrega a bota pelos arredores de onde está e fico em alerta, porque em qualquer movimento brusco irei atirar nem que Chenle fique choramingando depois sobre não, em hipótese alguma, matar seres vivos e sim esperar a droga do ciclo natural da vida. Eu deveria ter imaginado que ele poderia ser alguma coisa a mais do que um ser humano normal. Mas, bem, agora o foco não é esse.

— Tenho quase certeza de que ele não está com nada — diz Chenle.

— Viu só? Escute seu amigo — o homem aponta para Chenle e eu miro a flecha para o seu peitoral.

Ele toma um susto e dá um passo para trás, erguendo a mão de novo.

— Eu perguntei quem é você, pirata — repito.

lágrimas de unicórnios ★ chensungOnde histórias criam vida. Descubra agora