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Essa história é uma adptação do livro Stone Heart da autora Roselle_Rose total direito e gratidão a ela por permitir essa adaptação!

As histórias terão paralelos com o passado em 1960-1965 e o atual presente.

Alguns personagens do presente e do passado foram criados, nao fazem parte da serie, então não estranhem nomes diferentes. – Como exemplo Kieran e Luiza, o desenvolvimento delas são muito importante para a historia da Lena e da Kara – Então, tecnicamente são duas historias em uma!

1960 – Kieran e Luiza
Atualmente – Lena e Kara

Boa leitura, espero que gostem!

[...]
1960, National City

O Ford F 100 batia na estrada de chão quente do National City enquanto o rádio mal funcionava naquela região. A voz estridente e rude de Cat Grant fazia com que ela lembrasse de seus velhos tempos na faculdade, que não eram tão velhos assim.

Depois de uma temporada inteira morando no Texas e indo e voltando da Inglaterra, ela já sentia o baque da idade em seus ossos. Por algumas vezes, ela parava na estrada e fumava um cigarro, suspirando aquele cheiro de terra velha e de roçado. Poderia confessar que sentiu falta daquele espaço onde cresceu.

Mas não estava lá para sentimentalismo e sim para resolver alguns velhos problemas daquele rancho. Uma das éguas recém-paridas estava doente, um potro faleceu de alguma doença que ninguém lá entendia e ainda tinha que cuidar da plantação de trigo que não estava lá essas coisas. Não que plantação fosse o forte daquele lugar, mas seu pai havia insistido que ela fosse até lá e tirasse um tempo para se dedicar ao local que seria sua herança em breve, se seu pai não tratasse daquela tosse seca e fétida que acometia sua saúde há alguns meses.

Pietro Gusmán perturbou sua mente enquanto a caminhonete entrava pelos portões de madeira talhada com o logo do rancho: Dois cavalos com as patas dianteiras levantas e um cowboy entre eles, de braços levantados como se fosse um domador nato. E abaixo, os dizeres "Rancho StoneHeart: Para aqueles de coração de pedra e alma de ouro". Frase proferida pelo seu bisavó quando chegou naquelas terras em 1901, no declínio do Velho Oeste. O derramamento de sangue dos índios e dos pistoleiros já havia passado de seu auge, quando sua família se instalou ali e começou o que seria um pequeno império.

Os portões se abriram com ajuda de dois peões que rapidamente a reconheceram. Lógico que a reconheceram, os cabelos negros e os olhos esmeralda era a marca crucial da família. Isso sem falar do rosto assimétrico que foi moldado por algum anjo da beleza ou por um demônio que gostaria que a tentação corresse na terra, carregando o sangue daquela família.

Ela olhou para o banco do carona: Havia apenas uma bagagem de mão, e uma pasta com documentos e na traseira da caminhonete, muitas caixas de livros, alguns itens que ela conseguiu tirar da sua antiga casa.

Pelos próximos meses, o Rancho StoneHeart voltaria a ser sua casa.

Ela parou a caminhonete de frente a casa principal: Era um casarão com quartos, banheiros e uma cozinha que dava duas de sua casa. Um exagero construído por seu avô quando ainda se havia dinheiro no bolso e antes da Grande Depressão invadir as economias da família, e levando com ela a vida de alguns antepassados que ela não chegou a conhecer.

Ela acendeu um cigarro e pegou seu chapéu de cowboy da cor de ébano. Analisou-se no espelho do carro e desceu.

Assim que seus pés pousaram no chão, a poeira subiu em seu jeans. Ele estava rasgado, suas botas de couro puídas e seu humor meio ácido.

STONE HEART • supercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora