ser artefato ou me dá sua xota

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Eu tenho ciúmes e engolirei sete sapos mágicos esperando o retorno. Ele tem tudo que não tenho né. Ouvir da boca do ego é mais fácil, sou eu sou ele sou tods e ninguém. A dor massacra meu corpo contra o chão, quebrando os ossos.
Detalhe, por detalhe, eu te odeio.
Morra sua atual praga maldita, permaneça e renasça desde que não seja aquele tropeço em meus movimentos curtos e o engasgue das minhas tentativas. Não faça meus olhos sangrarem e minhas artérias explodirem. Eu não sei se mereço repetições. Vou embora de mim mesmo, deixar esse corpo, memórias para trás e ser alguém novo, esquecendo-me por completo da face triste do antigo deus que aqui esteve e que se prendeu ao limitado. Congelarei-o no tempo e ninguém o acessará. Convenhamos, você sequer ligará. Significo nada para o tudo, apenas mais um entretenimento passageiro do qual não tem importância. Não tente dizer o contrário, não explique-se. Eu já sei a verdade. Não adianta fingir. Saia daqui. Saia. Saia.
Ou fique.
Não tenho mais tempo pra ocultar. Olho-me além do espelho e sou esquisito. E lá vem a mulher. Retornando para o centro da dúzia colorida. Não tenha dó dos fornos.
Eles te deixam quentinho até te queimar.

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