Ontem eu vi um pinheiro, um pinheiro lindo, rubro, encantado, clareado e politeísta. Ele me dizia que tudo ia passar, que eu conseguiria pisar por cima de tudo e atravessar a realidade e partir pra outra onde dois brigam por mim. Eu sei que sou gostosa, diva, peitudo e pauzudo, mas não sabem o quão é difícil ser eu, e lidar com todas aquelas parabéns tropicanas. Eu tive dois ataques de pânico em um dia, um deles foi sobre perdas e outro sobre lápides. Escrituras antigas me disseram para parar, mas não o fiz. Eu tenho orgulho de ser quem eu sou, mas não de quem serei. Há frutas em meus castelos e cachecóis molhados na minha feira intrínseca rubi. As palavras formam letras e as letras formam doces. Minha boca pelada, meu sonho sem fim.
Me procurou em todos os lugares do mundo através de um gato microchipado. O gato chamado noite, um sinal que só ele entenderia nos levou à união. Me disse que me daria a eternidade junto a ele depois de ter que voltar para o México quase sem se despedir. Ele me amou, ele me ama, mais do que expressa. Me tornou vivo, eterno, colado a ele como um cisne que vive por outro.
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Contos (Ñ) Eróticos
De TodoA criatividade de uma mente me faz escrever estes contos, não literalmente eróticos e sim no sentido figurado: excitação de escrever e gozar fora minhas ideias libidinosas sem sentido. Maluquices, textos que não seriam bem vistos pela sociedade, por...