Zinaida
A noite no parque não foi tão divertida como esperei. Walker mal falava comigo, ele parecia muito pensativo e eu me sentia culpada por ter lhe causado esse sentimento ruim, esse desgosto.
Ele veio até mim com um sorvete de morango na casquinha.
Pego sorrindo para ele.
- obrigada - falei
Ele não diz nada, apenas sentou ao meu lado com um sorriso em seu rosto.
Eu olhava para ele e sorria. Ele me trazia tranquilidade. Eu o amo e não quero deixar de amá-lo, mas não consigo me sentir merita de ter o seu amor.
- eu estou feliz por ter aceitado sair comigo - fala dando uma lambida em seu sorvete
- também estou feliz - sorri tomando meu sorvete
- parece que vai chover, querida - ele diz na inocência (ou não)
- realmente parece... - falo olhando para o céu - ...e eu não sou sua querida - olha para eleEle me olha sério
- você é minha querida amiga - fala tirando o seus olhos de mim
Ignorei e estiquei minha mão para ele
- vamos para casa agora! Quero voltar para os meus livros
- vamos. - ele concordou com a cabeça - vamos embora - e pegou em minha mão
Seguimos caminho para casa, e como havíamos previsto, começou a chover e ainda não estávamos nem perto de casa.
- vem! - ele me puxa para uma poça de água
Começamos a dançar e brincar na chuva como duas crianças. Dávamos risadas altas. Ele dava cor ao meu mundo preto e branco.
Aquele momento... Cultivo um gosto particular pelos pequenos prazeres. Enfiar a mão bem fundo no saco de grãos. Quebrar a massa fina com a ponta de uma colher. Jogar pedras em um canal qualquer. E principalmente, se conectar com a chuva.
- vem! - minha vez de chamá-lo
Deitei na chão de grama de uma casa qualquer.
Ele estranhou mas deitou-se do meu lado e eu peguei em sua mão.
- escuta as gotas caírem, o vento nas árvores e sente esse cheiro que a chuva deixa. Esse momento é perfeito - falei de olhos fechados
Ele não diz nada
Abro meus olhos e me viro para ele. Ele faz o mesmo.
- sabe... quando parecemos distantes é porque estamos pensando pensando em alguém
- eu penso em um alguém que tem uma bagunça em sua vida e eu uero a ajudar à arrumar - ele falouNos encaramos por alguns instantes.
- às vezes não precisamos dizer nada... só sentir... - falei
- sentir? - falouMe sentei e ele fez o mesmo
Fomos nos aproximando. Lentamente lhe dei um beijo no olho. Ele apoiou sua testa na minha. Em determinado momento colocou seus lábios nos meus.
Recuo.
- você é linda!
Rir do seu comentário
- não começa, Walker
- não, é sério. Você é linda. E nem estou falando da sua aparência, apesar de ser maravilhosa. Estou falando de sua alma. Ela é linda.A timidez tomou conta de mim enquanto eu me remexia
- você é meu desejo de alma - falou
- que filósofo disse isso?Ele mordeu o canto do lábio inferior
- eu
Impressionante
- você confia em mim?
- sim - falo com colocando meus olhos nos deleEle veio até mim e me beijou. Um beijo calmo. Um beijo sincero. Um beijo cheio de amor e desejo.
Ele finalizou o beijo com um selinho
Aquele era o meu primeiro beijou, e havia sido como eu sempre idealizei. Ao luar e com uma chuva calma. Foi perfeito.
- eu... estou apaixonada por você - falei ofegante
Vi em seus olhos esperança.
- repete - sussurrou
- eu estou apaixonada por você - pisco meus olhos de forma excessivaEle riu
- isso é verdade? - perguntou
Assenti que sim
- sempre foi a verdade, mas eu sempre escondi. Na verdade verdadeira, eu não me sinto preparada para ter algo no sentido romântico.
Ele sorri
- vem, vamos para casa
Nos levantamos e seguimos nosso caminho
Me sentia tão feliz e tão segura daquilo. Não queria que aquele momento acabasse nunca. Apesar deu sempre estragar tudo com a minha sinceridade excessiva.
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𝑹𝑬𝑳𝑰𝑪𝑨́𝑹𝑰𝑶 || Walker Scobell
Hayran Kurgu(CONCLUÍDA) Onde falamos sobre o amor e a vida. Essa história fala sobre Zinaida e Walker, dois jovens que não conhecem seus destinos, porque seus futuros estão a pé no caminho.