o Poderoso - Fomos feitos um para o outro?

um coração

               RENÊ
Já é de madrugada quando ele volta, antes de ir deitar vai ao quarto do filho, que por acaso está acordado na cama.

Seus olhares se cruzam e Rene sente junior estremecer.

- podemos conversar?

- claro pai

Rene se aproxima do filho e senta na cama

- quando ia me contar

- eu não queria nem pretendia contar, sabe pai, para lhe dizer bem a verdade, eu sempre soube que o senhor jamais aceitaria um filho gay, então eu planejava sumir da sua vista com 18, mas o senhor descobriu antes, se quiser saio de casa agora mesmo

Rene permanecia em silêncio, o que deixava junior mais inquieto

- pai?

Rene se levantou e saindo do quarto disse

- não vai embora, nem agora, nem com dezoito.

Junior apesar de receber uma resposta oca sabia que aquela era uma demonstração de amor da parte do pai, talvez a mais afetuosa, talvez ele realmente tivesse mudado

Rene suspirando fundo foi até seu quarto, encontrando lá Teresa Cristina já dormindo

Deixando as chaves na cômoda foi se deitar, se aconchegou abraçando Teresa Cristina que resmungou um pouquinho.

TERESA CRISTINA

De manhã. ....

Sentia aqueles braços involventes sobre si, sabia de quem eram pois só aqueles braços tinham a capacidade de faze-la se sentir tão protegida.

Sorrindo se virou para observar seu marido dormir,

" Minha fera "

Se levantou animada e passando pelo corredor acabou cruzando com junior

- bom dia meu filho

- bom dia mãe - junior tinha um sorriso contente o que a fez ter bastante dúvida vista da situação

- aconteceu alguma coisa?

- aconteceu

Assim junior contou tudo a mae que adorou escutar aquilo.

Após se arrumar toda, voltou ao quarto para esperar seu marido acordar, devia ter ficado um tempão acordado

Derepente o celular de Rene toca.

Na intenção de não acorda-lo ela vai até o celular atender. O nome do contato não é salvo, de forma que ela não sabe quem possa ser

-alô?

(apenas  escuta uma respiração)

-alô, tem alguém?

(Novamente ninguém responde)

Derepente Rene acorda e pega o celular das mãos de Teresa Cristina.

- pois não?

Ela gostaria de saber que telefonema estranho era aquele, mas sabe que Rene não gosta que cherete a vida dele.

Após Rene desligar ela pergunta

- quem era?

- não faço a mínima ideia, não disse nada

- que estranho

Rene assente.

- bom acho melhor você levantar para tomar café

- que horas é agora?

- 11:20

- espero o almoço

Desta vez quem assente é Teresa Cristina

Eles ficam se olhando profundamente até que Rene diz

- o que quer me falar?

- ha nada - ela sente vontade de lhe abraçar e beijar.

- então porque está olhando com essa cara de cachorro abandonado?

- é essa a minha expressão?

- é, fala o que você quer?

Ela sente vontade de rir, e então o abraça e beijando seu rosto diz

- eu sabia que por traz desse coração de pedra, avia um pai acolhedor.

Rene sorriu retribuindo o abraço.