Luz no fim do túnel [Bella Hadid]

Aquele com o "você foi muito gentil"

S/n Fletcher's p.o.v

Bella deixou um beijo no meu pescoço logo após rodear seus braços pela minha cintura. Devia ser algo perto das três da manhã, e eu acordei e não consegui voltar a dormir, então fiz o mesmo de sempre: saí para a varanda do meu quarto e acendi um cigarro.

— Vamos voltar a dormir? — perguntou com a voz rouca e a cabeça apoiada em meu ombro. Eu não a olhei, mas podia imaginar que seus olhos estavam fechados.

— Eu vou terminar e já volto — ela murmurou, um pouco sonolenta, mas permaneceu ali, com a respiração calma e fazendo carinho em minha barriga com as pontas dos dedos — Por que acordou?

— Percebi que você não estava na cama — me soltou apenas para esfregar os olhos e voltou a me abraçar em seguida — Eu não quero ser a pessoa chata que te diz para parar de fumar, mas eu acho que esse hábito não é a melhor solução para a insônia.

— É. Eu sei disso — eu ri um pouco e apaguei o cigarro, deixando-o dentro do cinzeiro — Vou escovar os dentes e logo volto a me deitar.

Ela assentiu e deixou um beijo na minha bochecha, voltando a se deitar. Eu escovei os dentes e tomei um banho rápido, apenas para tirar o cheiro de fumaça de cigarro que estava em meu corpo, antes de me deitar também. Bella já parecia estar dormindo, mas se aconchegou ao meu corpo quando me deitei.

— Boa noite — ela sussurrou.

— Boa noite — sussurei de volta e deixei um beijinho carinhoso em sua cabeça.

Eu dormi um pouco mais que o normal naquela noite. Não havia nenhum compromisso de manhã, então não foi um problema. Bella foi embora da minha casa um pouco depois de tomarmos café juntas, para discutir os próximos projetos de sua carreira com a sua mãe.

Vittoria me pediu para buscá-la em casa para irmos juntas à entrevista que a nossa banda teria agora à tarde. Eu fui, mas apenas porque a casa dela era a caminho e não porque eu devo fazer tudo o que ela quer.

Mesmo que eu sempre acabe fazendo tudo o que ela quer.

— Você sabe que tem um namorado e que ele serve justamente para isso, não sabe? — perguntei assim que ela entrou no meu carro.

— E você veio me buscar mesmo assim — balançou os ombros e me jogou um beijo. Revirei os olhos — Vamos logo.

▪︎ ▪︎ ▪︎

— Você não vai me contar o porquê de estar com esse sorriso gigante aí? — desviei a atenção do celular para olhar para a minha mãe, que me oferecia uma bandeija de cookies — Come, você está parecendo um pouco mais magra.

— É impressão sua — desliguei meu celular e o deixei sobre a bancada da cozinha. Minha mãe ainda olhava para mim, esperando uma resposta para a pergunta que havia feito — Eu só estou feliz, mãe.

— E essa felicidade tem nome, não tem?

— Eu acho que a senhora já sabe a resposta — ela sorriu e assentiu. É incrível como ela fica sabendo de tudo — Como descobriu?

— Eu deduzi — me serviu uma xícara de café — Como é o nome dela?

— Isabella.