Aquele com a saída do armário

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Bella Hadid's p.o.v

— Oi, filha — meu pai se levantou da cadeira para me abraçar e deixou um beijo na minha bochecha — Feliz aniversário.

— Obrigada, pai — retribuí seu sorriso e me sentei na cadeira que ele puxou para mim.

— Me conte como você está — ele segurou minha mão sobre a mesa.

— Eu estou bem. Muito bem, na verdade — não consegui controlar o sorriso enorme em meus lábios e ele inclinou levemente a cabeça, um pouco curioso para saber o porquê de eu estar sorrindo daquela maneira — Não sei se o senhor tem visto as notícias sobre mim, mas eu me aproximei bastante de uma garota nesses últimos meses.

— Eu vi algumas coisas, sim — ele assentiu, interessado na história — Continue.

— Certo — limpei a garganta e me ajeitei na cadeira. Por onde eu começaria para dizer ao meu pai que meu interesse por garotas é real? — Bem, acontece que nós nos aproximamos de uma maneira diferente.

Ele franziu as sobrancelhas por um momento e eu deixei com que ele levasse seu tempo para entender o que eu havia acabado de dizer. Sua confusão se transformou em surpresa quando ele se deu conta de que eu havia acabado de sair do armário para ele.

— Você quer dizer que vocês estão namorando? — ele sorriu gentilmente e eu neguei, porque S/n e eu não estamos namorando.

Ainda não.

— Não estamos namorando. Estamos nos conhecendo melhor.

— Claro — ele assentiu — Vocês jovens e essa mania de "conhecer melhor".

— É uma parte importante do processo, pai — respondi indignada e ele riu.

— Então eu só vou conhecê-la quando vocês começarem a namorar? — perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

— Talvez — balancei os ombros.

Eu nem havia pensado sobre apresentar eles dois, mas, diferente da minha mãe, meu pai é alguém que eu gostaria que conhecesse a S/a. A ideia de apresentá-los não é nem um pouco incômoda, já com minha mãe é extremamente inviável pensar em apresentá-la para S/n, porque eu sei exatamente o que aconteceria se eu decidisse fazer isso.

— Fico feliz por estar sendo honesta comigo, filha — a voz do meu pai era sincera e eu sorri com o quão confortável era ouvir aquilo — É muito bom te ver feliz assim e eu estou muito orgulhoso de você.

Segurei as lágrimas que estavam prontas para cair. Ouvi-lo dizer que estava orgulhoso de mim era tão acolhedor, que eu apenas me levantei e o abracei. Ele riu um pouco, mas me abraçou de volta. Nesse momento nem nos importamos por estarmos em um restaurante praticamente cheio.

Voltei a me sentar e meu pai chamou o garçom para fazermos nossos pedidos. Conversamos sobre praticamente tudo enquanto comíamos. Ao terminarmos, eu sabia que não haveria discussão nenhuma sobre quem pagaria a conta, porque meu pai é teimoso o suficiente para pagar tudo sozinho todas as vezes que saímos juntos, então eu nem tentei argumentar com ele.

— Você precisa que eu te leve para casa? — me perguntou enquanto caminhávamos para fora do restaurante. Haviam alguns paparazzis, mas não era nada fora do comum.

Luz no fim do túnel [Bella Hadid]Onde histórias criam vida. Descubra agora