XIII

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Alessandro, estacionou o carro dentro do estacionamento do hospital e antes de descer do veículo, me olhou com as suas orbitas de chocolate me fazendo enxergar o menino no qual eu era apaixonada. 

- Vou ir embora daqui alguns minutos, se quiser, pode voltar comigo.

pisquei os olhos, saindo do transe no qual eu estava, encontrando seu rosto mais velho e consequentemente mais bonito. 

Mostrei um pequeno sorriso em concordância.

- Tão rápido... - soprei sem notar.

Seus olhos passeou pelo painel do carro antes de voltar a me olhar e responder.

- Sim. Hoje cobri o turno de um colega, então não preciso voltar mais. Vou para a empresa do seu pai em algumas horas. - explicou com sua voz calma, no entanto, cansada. Em seguida, abriu a porta e antes de descer puxou o ar e soltou em um segundo.

Fiz o mesmo e desci do carro, sentindo o vento fresco ir contra os meus cabelos ao mesmo tempo que as folhas das árvores dançam em harmonia.

- Hummm. - resmunguei, como se aquilo não fizesse diferença pra mim, enquanto analisava o local. - Tudo bem, por mim. - semicerrei os olhos ao notar um ramo de flores diferentes e distante do outro lado.  - Aquilo é o que penso que é? - pisquei os olhos.

No entanto, Alessandro apenas passou por mim, seguindo na direção contrária a qual estou olhando.

Gostaria de correr e ir em direção a única flor branca, em formato de estrela que se encontra distante para aprecia-la mais de perto, até mesmo arranca-la para mais tarde sentir o seu forte cheiro doce e aromático. Porém, uma cerca me impede fazendo com que eu apenas continue a olhando de onde estou.

- Sim. É a flor de cera. - escutei a sua voz soar um pouco distante, me fazendo olha-lo. Alessandro, me aguardava na saída dos fundos do hospital, enquanto eu ainda queria ir atrás da flor que sempre admirei por fotos.

- Eu quero ela... - murmurei como uma criança, sentindo que poderia chorar a qualquer momento.

- Você não pode pegar ela, o jardineiro te mataria. - um bico foi formado nos meus lábios. Escutei quando Alessandro, bufou e respirou fundo. - Vamos logo! Se quiser, posso comprar uma de plástico pra você.

O olhei feio, indignada com a proposta.

- Você deve pensar que sou alguma palhaça pra tentar me enganar assim! - andei em sua direção e quando o- ultrapassei, esbarrei no seu braço que mal se moveu.

- Olha só, quando éramos mais novos você era mais legal comigo. - o tom de sua voz me faz revirar os olhos. Seus passos tentam me alcançar. - Se vamos ser amigos de novo, você tem que ser mais gentil comigo! - Foi duro.

Parei de andar e me virei, encontrando seu rosto sério.

- Como assim eu não sou gentil com você!?

Alessandro, piscou os olhos, abriu os lábios e colocou as mãos na cintura desacreditado que eu pude perguntar ainda.

- Você ainda continua sonsa... - cuspiu, me olhando de canto.

Meus lábios se abriram e minhas órbitas ficaram maiores.

- Ora... Seu... Seu...- rosnei, pensando em mil palavrões e formas de te beliscar, mas notei as pessoas de uniforme brancos e azul nós olhando, enquanto passava pelo corredor, me fazendo colocar as mãos na cintura e puxar todo o ar. - Tá... - fechei os olhos, ainda tentando ganhar do meu próprio ego mentalmente. - Vou se mais gentil com você.

- Sério!? - vibrou, me fazendo estranha-lo.

- Urumm... - resmunguei, ainda de olhos fechados.

- Então prometa. - juntei as sobrancelhas e abri um dos olhos, encontrando o seu dedo mindinho na minha direção. Abri o outro, para enxergar melhor e confirmar se era o que eu realmente estava pensando. - Tem que prometer de dedinho. - diz, tranquilamente. O olhei, depois para o dedo e então fiz uma careta sem acreditar. - O que? Você que começou com isso, não se lembra?

Até Que o Sol Não Nasça Mais Onde histórias criam vida. Descubra agora