CIdade de Carvalho Negro
dia 4 de agosto de 1998
A essa altura do campeonato, eu nem tomei susto, eu apenas olhei como se fosse o "Olhar de mil jardas" para ela. Melissa ali na minha frente em neon, de braços cruzados posturada com seu cabelo solto, ela olhava pra mim com um sorriso nos olhos. Eu conseguia ver em seus olhos o que ela pretendia, parecia pronta para me atormentar, acabar com o resto de sanidade que tenho.
- Não vai falar nada? - Ela pergunta sorrindo, sabe que a presença dela não é de meu agrado.
- Não, por agora não! - DIgo em forma suave, estou enlouquecendo. Eu não me livrei dessa garota ainda, mas não quero dar esse gosto a ela. Ela voltou então tem alguma coisa errada, a pedra está a salvo não?
-Okay quando quiser falar, então eu apareço para ajudar. - Melissa disse em tom presunçosa. Ela Ri e desaparece no banheiro cheio de vapor.
Eu olho em volta, procurando por ela. Então... era isso? Ela só se foi?
- Melissa? - Perguntei no banheiro, minha voz ecoou. Ela realmente não estava mais aqui, e se estiver, eu não a vejo. Será que Ricardo podia fazer isso tambem? Bom acho que sim, ele só não queria. Me lembro da nossa ultima conversa, será que aquilo tudo foi real?
Entro no chuveiro e tomo um banho rapido e quente, limpo meu rosto e lavo meus cabelos. Sinto um grande peso no corpo e um aperto no peito. Eu jurava que tinha acabado, mas Melissa ter voltado é um mau pressagio, e não apenas isso mas tambem sinto que tem algo errado.
O objetivo não era a pedra? Mas aquele sonho ou visão sei lá, o que eles queriam dizer com aquilo? Preciso descobrir exatamente o que era aquilo, o que é essa pedra, pra que serve, como veio parar aqui. Eu só queria um pouco de descanso. Estou desde o primeiro dia de aula sem paz, quem dera aquelas ferias denovo. Foram muto boas, eu saia com Ricardo para tomar sorvete. Ouvia musicas com Fabricio, fiz brigadeiro com minha mãe.
Verdade, minha mãe não voltou ainda? Desde segunda-feira que não a vejo, estou com um pouco de saudade. Eu sei que ela sempre foi assim corre atrás do que quer, e eu sempre fui assim...
Independente... mas acho que a palvra certa seria sozinho? engraçado, acho que nunca parei pra pensar. Talvez não seja liberdade, seja solidão? Eu, não gosto de ficar sozinho. Eu sou a minha pior companhia, ou meu maior critico.
Porque que eu estou pensando nisso agora? é estranho, estou sentindo muito mal comigo mesmo. Não ta acontecendo nada agora, e estou com muita vontade de deitar no chão do banheiro e chorar. Sinto uma grande fraqueza e desanimo tomando conta do meu corpo, eu só queria que tudo acabasse logo. Mas porque que eu continuo aqui?
Escuto batidas na porta do banheiro.
- Miguel, ta tudo bem ai? - Disse diego com a voz abafada pela porta. - Você já esta aqui a muito tempo.
- Tá sim. - Digo saindo de meus pensamentos. - Já estou saindo.
Acho que é só cansaço nada que uma noite de sono não resolva. Se eu conseguir dormir, claro! Saio do banho me seco lentamente com a toalha vendo minha cara de acabado na frente do espelho. Ricardo disse que viu minha força, mas eu não me sinto forte.
Coloco uma roupa mais leve para ficar pronto para deitar, e saio do banheiro.
- Eai Miguel. - Disse Diego animado com um grande sorriso. - Vem aqui.
Ele estava na minha cama, sentado encostado emum travesseiro, parecia confortavel assistindo televisão. Diego batia a mao do lado dele, me convidando para ficar junto com ele. Eu sento do lado dele, sem dizer nada e começo a assistir Televisão. Vejo Diego me olhando, parece querer alguma coisa.
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Destinado A Ser Seu
Mystery / ThrillerMiguel está finalmente em seu último ano do ensino médio e consegue a oportunidade de ser popular e curtir, mas tudo começa a mudar depois que ele presencia coisas estranhas e inexplicaveis após conhecer um garoto estranho em sua escola.