Riven cresceu sem conhecer sua família. Criado por Ben Harvey, após ser abandonado pelos pais, ele é um menino revoltado com tudo e todos.
Todos exceto ela.
Musa, a única que o entende, a única que é capaz de ler sua mente e saber exatamente o que...
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RIVEN
— O que aconteceu com você durante o final de semana inteiro?– pergunto pra Sky, assim que o encontro no domingo de manhã. Já estávamos perto de voltar pra escola e Sky havia sumido desde sexta à noite.– Você não atendeu minhas ligações, não respondeu minhas mensagens e...o que rolou com a sua mão?– pergunto, vendo que a mão dele estava enfaixada.
— Eu tava ocupado, Riven.— Sky diz.— E acabei cortando a mão num treino.
— Você? O melhor espadachim do século se cortou com a espada? Se você me dissesse que se cortou de propósito, eu acreditaria mais do que isso...– falo brincando, mas ele não ri.– Espera, foi isso? Você se cortou...? Sky, o que rolou? É sério, me conta...
— Nada, Riven. Eu tô bem. Foi só um cortezinho. Nada de mais. E eu...só não respondi as suas mensagens porque fiquei realmente sem tempo, mas aí...fico feliz que tenha beijado a Musa. Finalmente vocês deram esse passo. Eu sei o quanto isso é importante pra você e tô...orgulhoso. O Sam não encheu o saco de vocês?
— É claro que encheu. Ele começou a falar um monte de besteiras. Mas aí eu...dei um jeito nele.
— Você finalmente socou a cara dele?
— Por pouco não. Mas quase quebrei o braço dele.
— Aff. O Riven que eu conheço quebraria o braço e daria um soco nele. Eu soquei a cara dele por menos...
— Se eu fizesse isso, ele iria correndo contar pro Harvey e se fazer de coitado. Apesar de que, nem ele tá acreditando mais tanto assim no Sam. E que história é essa de você ter batido nele?
— Foi um dia depois da briga de vocês no Bastion. Eu tava com tanto ódio desse menino que nem pensei. Quando vi, meu punho já estava na cara dele.
— Deuses! E ninguém te viu?
— Tomei esse cuidado. Assim como obriguei ele a não contar. E se você quiser, eu dou um jeito nele pra você. É só pedir...
— Não precisa. Eu sei me virar sozinho. E...a Farah? Como é que tá?— pergunto, genuinamente interessado. Ela sempre se demonstrou preocupada comigo e, agora que a minha vida estava entrando nos eixos de novo, ela também merecia uma atenção da minha parte.
— Bem. Em breve ela completa três meses de gravidez. E tá radiante. Meu padrinho então, nem preciso falar...ele conversa com a barriga dela todos os dias. É o pai mais babão do mundo e a criança é só um brotinho. Não quero nem pensar em como vai ser quando ele ou ela nascer.
— Ciúmes, Sky?
— Como eu poderia? Primeiro porque eu sou igual ao meu padrinho. Aliás, eu queria muito que fosse uma menininha. Seria muito fofo. E segundo, porque meus padrinhos merecem ser felizes depois de tudo que eles passaram...– diz e me olha com um certo pesar, mas logo desvia o olhar e a sensação passa.– Riv, posso te fazer uma pergunta?
