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É quase como ver um espelho...

É quase como ver um espelho

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SKY

Antes de ir pro hospital de Eraklyon, passo naquela que era a antiga casa dos meus avós, onde eu passei uma parte da minha infância. Depois que eles morreram, a casa ficou pra mim e para os meus padrinhos e nós ficamos aqui durante uma parte das férias. Entro com a minha chave e observo o que tinha ali. Fotos dos meus avós e...do meu pai.

Meus padrinhos deixaram as fotos dele ali pra que eu me lembrasse, ainda que por fotos, como meu pai era

Não dá pra negar, pela aparência, que eu sou muito parecido com ele. Cabelo loiro, olhos azuis...é quase como ver um espelho, uma versão mais velha de mim.

Mas as semelhanças param por aí. Porque eu nunca seria capaz de fazer o que ele fez com os amigos.

Pego a única foto dele que havia na casa e atiro longe, quebrando o porta retrato em pedaços.  Começo a juntar os cacos e, no fim, pego um deles, apertando na minha mão, olhando para a foto do meu pai, imaginando o quanto eu queria dar um soco na cara dele agora.

Solto o caco de vidro quando sinto que o corte já havia sido profundo o suficiente. Sangue pinga da minha mão, mas eu preciso fazer isso. Nunca vão me deixar entrar no hospital como um simples garoto buscando informações. Agora como um garoto ferido...

Respiro fundo, controlando a dor, e tiro um lenço do bolso, envolvendo a minha mão com ele. Saio da casa, indo até o hospital da cidade.

— Oi, eu é...me machuquei num...treino.— digo pra enfermeira na recepção, mostrando a mão enfaixada, já com o pano enxarcado com sangue.

— Seu nome?

— Ah...É Riven. Riven Silva

— Ok, Riven. Venha comigo.– diz e me leva até a parte de dentro do hospital, enfaixando a minha mão— Garoto, esse corte foi feio...Mas aqui está o curativo. Vou...receitar algumas ervas curativas, pra ajudar na dor e na cicatrização...

— Hannah, chegaram mais soldados do bombardeio!– uma outra enfermeira diz e acho aquilo estranho.

— Bombardeio?– pergunto.

— Bruxos de sangue bombardearam um quartel aqui perto. Parece que...eles estão querendo retornar. E isso me preocupa. Preciso ir, garoto! Mas volto já. Não saia daqui!

Me levanto assim que ela sai pela porta e, discretamente, saio da sala, indo na direção contrária à saída e me guio pelas placas. A sala de arquivos não ficava muito longe. Entro nela, com cuidado de não ser visto e procuro o que precisava no computador

"Farah Dowling"

"Deu entrada no hospital às 21:45 do dia 15 de outubro de 2006, em trabalho de parto. Deu à luz um menino às 23:15 do mesmo dia, mas ele acabou falecendo por complicações no parto."

É o que diz o prontuário. Leio o nome do médico plantonista e das enfermeiras responsáveis, além do acompanhante, que era o meu pai, até que acabo reconhecendo um deles. Hannah Myers. É a enfermeira que acabou de me atender.

Tiro foto das informações e deixo o computador ali, voltando pra sala pra onde ela me levou. Por sorte, a mulher ainda não tinha voltado. Ela abre a porta pouco depois

— Ok, onde estávamos?

— O que você sabe sobre o filho de Farah Dowling?– pergunto diretamente e ela arregala os olhos.

— Onde ouviu esse nome?

— Ela é minha madrinha. Eu sei que ela teve um filho roubado e que você era uma das enfermeiras responsáveis. O que você sabe?

— Não sei de nada!– ela diz, nervosa.

— Eu sei que está mentindo!– e é nessa hora que eu me arrependo de não ter trazido a Musa. Ela leria a mente dessa mulher num instante.– O que você sabe? Por favor, é muito importante pra mim saber disso...

— Não sei muito! Mas eu não teria como esquecer desse nome porque a lembrança do que ajudei a fazer nunca me deixou desde aquele dia. O bebê dela nasceu saudável. Mas...o homem que tava com ela nos...ameaçou. A mim e à outra que estava comigo. Ele nos obrigou a dizer que o bebê tinha morrido no parto e levou a criança embora.

— Como o bebê era?

— Pele clara, cabelos pretos e olhos curiosos. Ele abriu eles na hora do parto. Eram verdes. É só o que eu sei...Não, espera! Tem mais uma coisa. Ele tinha uma pinta. Um sinal de nascença atrás da orelha...

— Oh, deuses, é claro!— digo chegando à conclusão de que já teríamos achado ele antes. O meu padrinho tinha esse sinal de nascença. Era so ver se o Riven tinha um parecido.

— Espero ter ajudado. Sinto muito pelo bebê da sua madrinha.

— A senhora ajudou. Ajudou muito...– Agradeço.– Obrigado! Não precisa de remédio, estou bem.

E saio correndo do hospital, mandando um áudio pra Musa.

— Musa, eu já sei como descobrir se o Riven é filho dos meus padrinhos!...

— Musa, eu já sei como descobrir se o Riven é filho dos meus padrinhos!

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Não aceitem menos que um melhor amigo como o Sky!!

E...Bruxos de sangue retornaram.

Sobre a pergunta de ontem, o único bebê que eu prevejo no futuro é o da Farah com Silva, obrigada de nada!

Need you now| RivusaOnde histórias criam vida. Descubra agora