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A parte que nunca vai ser minha...

A parte que nunca vai ser minha

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RIVEN

Acordo com dor de cabeça, sentindo os efeitos de mais uma ressaca no meu corpo. Não sei nem como consegui voltar pra casa na noite anterior, menos ainda como vim parar na minha cama. Mas o fato de ainda estar com as mesmas roupas da noite anterior deixa claro que ninguém me trouxe e que, mesmo trocando as pernas, fui eu mesmo que vim até aqui.

Ando até o banheiro e tomo banho, escovando bem os dentes pra tirar o mau hálito do álcool que eu sei que deve estar na minha boca. Pego meu maço de cigarros e desço a escada, indo em direção à cozinha. Consigo escutar uma cantoria baixa vindo de lá e, assim que me aproximo, noto cabelos castanhos presos em dois coques no topo da cabeça.

O penteado dela.

Seguro um sorriso ao perceber que Musa estava ali naquela manhã.

— Bom dia, Riven.– diz ainda de costas pra mim. É claro que ela sentiu minha presença. Ela sempre sente.

— Eu já não falei pra você não ler a minha mente?– digo, subindo meus escudos mentais.

— Eu não estava nem me esforçando, se quiser saber. Não tenho culpa se sua mente grita o tempo inteiro e eu consigo te sentir a metros de distância. Até hoje me pergunto como você consegue viver aí.

— A gente se acostuma com o próprio caos...

— Ei, Riv. Eu tô aqui...– diz e se aproxima de mim.– Sabe que pode confiar em mim. Não precisa ter escudos comigo.

– Oh, Terra!– grito saindo de perto dela– Sua amiga não tem mais casa não?  O que ela faz aqui tão cedo?

— Cedo? Riven, você sabe que horas são? Já são quase dez horas!– Terra diz surgindo na sala. Depois que ela e Musa se conheceram, foi instantâneo virarem amigas.– Já arrumou suas malas? Voltamos hoje pra Alfea e saímos daqui a uma hora.

Ah, claro. Alfea. Esse era o motivo de eu ter bebido na noite anterior. Voltaríamos pra aquela droga de escola hoje. Exercícios, cobrança e compromissos todos os dias. Além daqueles comentários de merda sobre o fato de eu ser adotado. Como eu odeio esse lugar.

A única coisa boa são meus amigos. Principalmente o Sky. Ele me entende mais do que ninguém ali. Ele é órfão e foi criado pelos padrinhos: Silva e Farah. Ambos são professores de Alfea. Silva é o comandante dos Especialistas e Farah é a professora dos fadas. Eles sempre me trataram com muito carinho, principalmente quando vou para a casa do Sky.

— É claro que já. Vou subir pra ver se não esqueci de nada!– digo mas na verdade ainda não tinha arrumado nada.

— Riv. – Terra me chama.–Pra você...– Terra diz, me entregando ervas pra curar dor de cabeça.– a Musa disse pra pegar.

Need you now| RivusaOnde histórias criam vida. Descubra agora