Riven cresceu sem conhecer sua família. Criado por Ben Harvey, após ser abandonado pelos pais, ele é um menino revoltado com tudo e todos.
Todos exceto ela.
Musa, a única que o entende, a única que é capaz de ler sua mente e saber exatamente o que...
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RIVEN
Quase no fim da noite, eu e os meninos voltamos para nossas casas. Sabíamos bem que Andreas deve ter dado um jeito de colocar a transferência de Silva para o dia que não teria quase ninguém em Alfea justamente para não impedirmos nada. Ele só não contava que estaríamos um passo a frente.
— Hoje foi um dia tão bom. Eu não me lembrava de ter tido um aniversário tão bom como esse em muito tempo.
— E a gente tá vivendo toda essa situação com a guerra e os bruxos. Imagina ano que vem? Nossa irmãzinha vai estar aqui, nossos pais também e tudo isso vai ter passado.— Sky diz me abraçando.
— Já imagino vocês dois babando nessa menina quando ela nascer.— Musa diz.— Tenho certeza que ela vai fazer vocês dois de gato e sapato. Imagina dois marmanjos desse tamanho encolhidos em cadeirinhas infantis pra festa do chá? E usando pequenas coroas de princesa...
— E eu imagino que você vai adorar ver isso!– digo.
— Com certeza.— Musa diz me beijando.— Você vai ser uma pricesinha linda, Zangado.
— Ah, cala a boca...— digo contrariado, mas com um sorriso de canto no rosto e voltamos para Alfea, já nos preparando para enfrentar o humor de Andreas no outro dia, por ter perdido o Silva de vista. Quando já estamos quase chegando na escola, Musa para e começa a olhar para os lados.— O que foi?
— Tô sentindo a presença de alguém...— Musa diz, ativando os poderes e, na mesma hora, eu e Sky desembainhamos nossas espadas.
— Acha que fomos seguidos?— pergunto olhando para todos os lados, em busca de qualquer sinal de perigo.
— Não...Não é alguém...consciente!— Musa grita e sai correndo, provavelmente na direção de onde sentiu a presença e corremos atrás dela. Acabamos chegando próximos à barreira que protege Alfea da Floresta que tem além da escola e, quando chegamos...— Ai!— Musa diz e leva as mãos à cabeça. Corro pra ampará-la.
O que vemos ali é praticamente um massacre. Haviam fadas caídas e pálidas no chão, cheias de machucados pelo corpo.
— Os bruxos de sangue...— Sky diz em voz baixa.— Eles chegaram.
— Mas...como? Alfea não tem uma barreira mágica?— pergunto.
— Tinha...— Musa diz, se levantando com a minha ajuda, ainda com poderes ativados e anda até mais perto da barreira, olhando para ela atentamente. Ela também consegue sentir Campos de força mágicos, incluindo barreiras— Ainda tem, mas...a magia está mais fraca. Tem...buracos aqui. Ao longo de toda a barreira. Alguns maiores, outros menores...mas acabam deixando ela mais fraca.
