Você se mudou para Los Angeles com a expectativa de deixar para trás uma sequência de erros, e tentar escrever uma nova oportunidade para você.
Sabendo que sua história tem apenas um final, você joga a moeda para os deuses, e deixa que eles decidam...
N/A:vocês pediram, e eu tive que ajeitar esse capítulo. Aqui só tem amor, aiai, como é bom, já já eu começo com a angústia e tristeza. Hahaha 🤡
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Pedro ligou para Bradley assim que deixou você em casa. Tão ansioso quanto você.
Em poucos dias você voltou ao set, para fazer mais alguns testes. Mas o papel já era uma promessa para você. Você recebeu o roteiro, e o filme prometia ser algo bem contundente. Mas você estava tão animada que era impossível parar de sorrir.
As gravações começariam dentro de algumas semanas. Você precisaria organizar coisas na vida. Como por exemplo Matthew. As aulas não continuariam, você não teria tempo porque estaria filmando. E bom, consequentemente também não poderia trabalhar mais com Mr. Jones.
"Desculpe, eu posso ajudar a arrumar outra pessoa para me substituir, e depois que terminar as filmagens..."
Mr. Jones, segurou suas mãos, você ficou em silêncio.
"Minha querida, ninguém jamais conseguirá substituir você. Quando as filmagens terminarem, você já não vai mais caber nessa livraria. Eu estou muito feliz por você. Quero que você brilhe, viva o que nasceu para viver"
Você ficou emocionada. Mr. Jones era o mais próximo de uma familia que você tinha em Los Angeles. Do jeito dele, ele sempre demonstrou cuidado e carinho com você. E ouvir isso dele, aqueceu tanto seu coração, que você teve que se segurar para não chorar.
"Obrigada."
Você puxou ele para um abraço.
"Se eu precisar voltar, você vai me receber?"
"Sempre minha querida. Sempre."
Desde quando você chegou em LA está aqui nessa livraria. Era muito difícil encerrar um ciclo. Você não é boa em lidar com coisas imprevisíveis. E a ironia era que você escolheu uma vida bem imprevisível para se viver.
Depois de Mr. Jones vinha Matthew. E Deus! Como foi difícil não vê-lo mais aos domingos. Esse garoto foi o que manteve sua arte viva. Vocês compartilharam muitos momentos. E ele era tão talentoso quanto você.
Não havia como não mencionar que ele era um pé no seu saco. Mas ele se tornou essencial para você. Ele era o que te mantinha firme na sua estrada. Seu guia. Sua âncora.
"Vamos continuar nos vendo mesmo assim né?"
"Matthew..."
"Você vai se enterrar naqueles estúdios e eu nunca mais vou te ver"
"Não seja dramático! Você está muito mais perto de se tornar inacessível do que eu"
"Até parece"
"Óbvio que vamos nos ver. Vou estar a maior parte do tempo na mesma cidade que você. Além disso, existe celular, FaceTime, sabe? Você conhece? Chama-se tecnologia...."
