Você se mudou para Los Angeles com a expectativa de deixar para trás uma sequência de erros, e tentar escrever uma nova oportunidade para você.
Sabendo que sua história tem apenas um final, você joga a moeda para os deuses, e deixa que eles decidam...
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Era simplesmente inexplicável como você dormia tão bem nos braços desse homem. Muito melhor do que o efeito de pílulas. Era como recarregar as baterias. Como se o mundo fosse completamente alheio, desde que, você estivesse presa nos braços dele. Tão confortável e seguro, quente e perfeito.
Vocês se mudaram durante a noite, o nariz dele estava enterrado na sua nuca, perfeitamente encaixado em você. O braço sobre sua cintura, e sua mão levemente entrelaçando os dedos com a que você estava deitada sobre. Provavelmente ele nem devia sentir mais esse braço. Você sorriu, ainda imóvel apenas sentindo o corpo dele grudado no seu. A respiração dele na sua pele.
Coachella nenhum seria capaz de tirar você dali. Foda-se o Coachella, foda-se as filmagens, foda-se o resto do planeta. Você seria capaz de viver apenas das migalhas que ele quisesse te dar. Se alimentar apenas pela sensação de ter ele perto de você.
Você estava fodida. Isso seria uma ruína. Se apaixonar por alguém como Pedro?! Quer dizer, como não se apaixonar por alguém como ele?! Mas, imagine o trabalho?! Quantas mulheres estão em volta? Como manter a racionalidade? Como ficar longe dele? Como? Simplesmente, como ser uma pessoa apaixonada por Pedro, e viver normalmente? Deus! Isso é loucura.
Não é como se você já não tivesse se relacionado com pessoas públicas. Mas isso aqui, é outro nível.
Seu celular começou a despertar, na mesa de cabeceira, atrás de Pedro.
Foi automática a forma como ele só esticou o braço para trás, e desligou o alarme, voltando a te apertar contra ele.
"Bom dia"
"Uh hm" ele resmungou, balançando a cabeça.
Você riu. Todos os pensamentos de como seria "difícil" ser uma pessoa apaixonada por ele, foram dissipados no ar.
"Não estarei saindo daqui, nem você" a voz rouca e sonolenta dele aquecendo a pele das suas costas.
Você deu de ombros.
"Não é como se, eu quisesse muito sair daqui"
Ele começou a beijar sua nuca. O nariz dele empurrando o tecido da blusa do seu pijama para expor mais a sua pele, beijando seu ombro. Você inclinou a cabeça para dar mais acesso a ele. Os lábios dele deslizavam pela sua pele, os arrepios corriam pelo seu corpo.
"Pedro..." você murmurou.
"Mhmm?"
Você queria que o seu cérebro raciocinasse e dissesse que você precisa ir, que o trabalho te espera e o dever te chama.
Pedro girou seu corpo para que você estivesse deitada quase em baixo ele, seus braços se ajeitaram, sua mão afundou os dedos no cabelo bagunçado dele, enquanto ele beijava seu pescoço, deslizando a barba pela pele do seu rosto, até encontrar seus lábios.
