Você se mudou para Los Angeles com a expectativa de deixar para trás uma sequência de erros, e tentar escrever uma nova oportunidade para você.
Sabendo que sua história tem apenas um final, você joga a moeda para os deuses, e deixa que eles decidam...
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N/A: esses episódios na Croácia, serão divididos em dois, e eu tive o cuidado e amor, em fazer um aesthetic apenas para eles, porque esses dois merecem muito. Espero que gostem, aqui só tem amor. 😭 a música para esse capítulo é: Ojitos Lindos - Bad Bunny (essa música ele literalmente escreveu para o Pedro) 🥹
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Talvez a Croácia seja o lugar mais longe que você já foi na sua vida. Olhar o mapa do trajeto do avião na tela de vídeo na sua frente, começou a te dar um certo nervosismo.
Quão longe de SP você estaria agora? Pensar em SP, porque talvez lá seja o mais próximo do sentimento de casa que você já teve. Você estava longe de casa por muito tempo. E se o avião caísse no meio do oceano atlântico, quem iria atrás de você? O que seu pai diria se você contasse que estava indo para um mini país se encontrar com um ator que você conheceu ha aproximadamente 6 meses? Ele apoiaria?
O nervosismo e a ansiedade era eminente. Apesar de você saber que era Pedro, havia o agravante de ser exatamente ele. Era difícil o dia que vocês não trocavam pelo menos meia dúzia de mensagens, ou a semana que vocês não conversavam por FaceTime. Ele é uma pessoa presente. Ele queria estar presente e isso tornava as coisas fáceis. É fácil com ele. É leve. Não tem problemas. Não tem brigas. Não tem desentendimento, cobranças. Não tem desconfiança. É livre, é espontâneo e é calmo. E da medo.
Você não podia evitar se perguntar se ele não seria mais uma lição, outra pessoa para te ensinar algo, sabe? Mais alguém que você não vai conseguir manter.
Não há dúvidas. Você não estava duvidando do que vocês tinham. Você só estava com medo. Medo de ferrar com tudo e perder esse ponto de luz que está orbitando ao seu redor. Houve tantas perdas na sua vida, o suficiente para que a próxima já pudesse vir.
Então você está olhando para o nada, pela janela do avião, tentando ver as estrelas e o escuto do oceano abaixo de você, e desejando que, seja você e ele, ainda nesta vida. E na próxima.
Assim que você passou pelas portas de vidro do desembarque, seus olhos procuravam desesperados, até avistar os cachos desgrenhados escapando pelos lados do boné, o óculos de sol, uma tentativa frustrada de não ser reconhecido. Você saberia que era ele a quilômetros de distância. O sorriso com a covinha. Uma arranjo de tulipas brancas nas mãos, os braços se abrindo levemente. Você soltou sua bolsa de mão, e correu na direção dele.
Pronto. O som da risada dele baixinho, se embaralhando no meio do seu cabelo, suas pernas se entrelaçando na cintura dele. O cheiro dele domando todos os seus sentidos. Você respirou fundo. Talvez em semanas, essa seja a primeira vez que você realmente respirou.
Os braços dele se apertaram em volta de você, segurando você no colo dele, nem era necessário, você saltou nele, como um carrapato, e ele não precisaria fazer esforço nenhum para manter você ali, mesmo assim ele te apertou mais ainda contra o corpo dele.
