Sinopse:
Para o Tenente-Coronel Lan Wangji a adrenalina de pilotar um caça era indescritível. O alfa desde muito jovem amava velocidade, sentir o vento em seu rosto e seu coração acelerar vendo os ponteiros do velocímetro atingir o limite.
Depoi...
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Capítulo 22: Um passo de cada vez
O destino tem maneiras diferentes de nos surpreender, seja colocando ou tirando pessoas em nossas vidas. Nos colocando em situações inexplicáveis e sentimentos confusos, foi exatamente assim que Wangji se sentiu naquela manhã.
Ao acordar com a cabeça latejando ele precisou de algum tempo para conseguir abrir os olhos. Sua última lembrança era de ter ido a um bar depois de ter deixado A-Yuan com sua mãe. Por mais que ele se enganasse dizendo que a saída de Wei Ying com Michael não tivesse lhe chateado, estaria mentindo, aquilo havia lhe chateado para um caramba. Ele abriu os olhos aos poucos ainda incomodado com a claridade que vinha pelas frestas das janela, porém assustou-se ao perceber que não estava em sua casa. Ele sabia que aquela era a casa de Wei Ying, conhecia bem o quarto de hóspedes pois já havia ficado lá algumas vezes quando queria dormir com o filho.
O alfa passou as mãos pelos cabelos frustrados por não se lembrar como chegou até lá. Sua dor de cabeça era um sinal de que ele havia exagerado na bebida na noite anterior, e se um alfa lúpus pudesse sentir que a ressaca lhe incomodava era porque ele havia extrapolado. Ele se levantou vendo suas roupas jogadas ao lado da cama, outra coisa que havia lhe deixado confuso, porque diabos ele estava pelado? Ele foi até o banheiro jogar uma água no rosto e tentar descobrir como veio parar na casa do ômega.
No corredor ele podia ouvir algum barulho na cozinha e sabia que Wei Ying estava ali, com passos hesitantes ele foi até lá. O ômega estava de costas para ele mexendo em alguma coisa no fogão.
— Wei Ying? - ele disse receoso.
— Que bom que você acordou. Eu fiz café, é melhor comer alguma coisa antes de tomar uma aspirina. — assim que o rapaz vira em sua direção Wangji viu o estado do corpo alheio. Havia marcas de mordidas e chupões por todos os lugares visíveis.
— Vocês... – ele olhava para todos os lados como se procurasse mais alguém ali.
— Se está procurando pelo Michael, sinto muito em lhe informar que ele não foi o responsável por isso. — Wei Ying diz calmamente enquanto colocava os ovos mexidos num prato.
— Como? Espera, como eu vim parar aqui?
— É sério que você não lembra? Você me ligou do bar enquanto eu ainda estava no restaurante com Michael. Você bebeu demais e me ligaram para ir te buscar.
Ouvindo aquilo, Wangji começava a ter alguns flashes embaçados de estar saindo do bar, carregado.
— Você me trouxe aqui?
— Eu não sabia o seu endereço de cor e você não tinha condições de dirigir. Eu pensei em ligar para a sua mãe, mas convenhamos que você não estava num estado muito bom. Então o jeito foi trazer você para minha casa. E caso ainda não tenha percebido isso aqui é obra sua. – ele aponta para as marcas em seu corpo.
