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______________________________________Era um grande mistério.
Antonio La Selva tinha diversos inimigos, Marino mesmo era um deles, o cara era odiado por quase todos que o conheceram, a lista de suspeitas é imensa e ao mesmo tempo, vazia, e naquela noite em especial, Marino simplesmente não queria mais pensar em quem teria feito aquele favor para a população e matado o infeliz.
Entretanto, ele queria realmente chegar em casa, ver sua Lucinda, ouvir as histórias engraçadas de Anely... Agora, o trabalho já não era mais sua vida, pois haviam outras coisas que ele amava tanto quanto delegar.
Encerrou o plantão com uma lista de intimações para serem feitas na segunda feira, mas tiraria o fim de semana, precisava disso.
Não tão longe dali, dois casais chegavam ao Naitandei em dois carros. Kelvin já havia ligado pra Luana e tranquilizado todos do bar, usando como desculpa que ele quebrou o braço numa queda na cidade, ficou internado e Ramiro com ele.
Ninguém perguntou tanto, ou questionou, embora todos ali tivessem suas próprias opniões sobre a hístoria que o loiro contou, afinal, tinham coisas muito mais importantes pra conversar sobre, como por exemplo, a morte misteriosa do grande produtor rural Antonio La Selva.
Cada um tinha sua própria teoria, alguns achavam que foi Irene, outros que foi Agatha e tem até aqueles que achavam plausível que Daniel sobreviveu e voltou para matar o próprio pai. A única que parecia sofrer mesmo com a morte do senhor era Berê, que parecia não acreditar que Tonhão havia partido dessa pra pior, e jurava de pé junto que o mais velho voltaria para buscá-la e eles iriam embora juntos.
E foi nesse clima que eles foram recebidos no bar, Benjamin foi apresentando somente como amigo dos três, e não foi preciso muito pra o pessoal ver de quem ele era mais amigo, já que ao invés de um quarto na pousada, o preto seguiu Frank até o quarto que o rapaz ocupava, o antigo de Flor.
Demorou, muitas fofocas, curiosidades e risadas foram jogadas ao vento antes de Kelvin e Ramiro subirem para o quarto deles, e depois de um banho, uma chamada de vídeo com Helena, que estava morta de preocupação com seus meninos, uma bela bronca da mãe/sogra, e finalmente Kelvin estava em casa, com o braço quebrado, todo doído e um pouco apreensivo, mas ainda assim, em casa, e esse era um problema.
"Você tá esquisito, Rams. Desembucha, pode falar" Kelvin se colocou na frente do preto, uma mão na cintura e a outra ainda enfaixada, o quadril empinado para o lado, parado na frente de Ramiro, suas sombrancelhas franzidas e seus lábios comprimidos não faziam jús a seu nervosismo.
Kelvin não quer mesmo tirar conclusões precipitadas, mas... Já estava.
Quando eles estavam voltando de Flor do Sol, Kelvin foi despretenciosamente pegar os fones de ouvido que mantia no porta-luvas da caminhonete, e Ramiro ficou nervoso, o impediu de abrir o compartimento e preferiu pegar ele mesmo, como se no porta-luvas tivesse algo que ele não pudesse ver. E depois, quando chegaram, Kelvin foi colocar a camisa do maior no cesto de roupas e achou no bolso um cartão de contato de um cara chamado Eduardo, com direito a número de telefone e tudo.
Ele não queria estar paranóico, mas assim, quem não ficaria?
"Tô cansado benzinho, vem cá pra nois dormi, vem?" Tava difícil esconder o lance do pedido de Kelvin, Ramiro estava fazendo de tudo pra agir normalmente, mas pelo visto não estava conseguindo.
"Não vou dormir até você me falar quem é Eduardo." Kelvin encarou até a alma dele, seus olhos queimando Ramiro de maneira certeira. "E só pra deixar claro, você também não vai dormir até me falar quem é Eduardo."
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Sweet Home
FanficRamiro começa a enxergar as coisas como elas são, e assim como um castelo de cartas, vê tudo que acreditava e via como certo desmoronando. Por sorte, Kelvin está bem ali.