𝑵𝒂̃𝒐 𝒆́ 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆...

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2024, 02 de janeiro.

Minho não havia entendido direito, ou talvez só tivesse se feito de desentendido.

- Como assim, Ji? - Perguntou sorrindo.

- Quem é você?... Não. Como sabe quem eu sou? - Jisung estava confuso, não se lembrava como havia chegado naquele local, não sabia quem era aquela pessoa que o chamara de amor, na verdade, não sabia de nada.

- Sou eu, Ji. Sou eu... Minho. - Não estava entendo se o que Jisung estava falando era verdade ou apenas brincadeira, todavia, começou a ficar aflito.

Assim entrou o médico na sala, tocou no ombro de Minho, fazendo-o virar para trás. O médico o chamou, fazendo Minho se levantar.

- Quem é ele, Senhor? - Jisung apontou para Minho, perguntando ao médico à sua frente, não entendo como aquele homem falava com si como se já se conhecessem.

Minho se levantou devagar, ficando preocupado com Jisung, por que ele não se lembrava de si? O médico direcionou Lee para a fora da sala, mudando a expressão rapidamente, que antes parecia preocupada, agora chateada. Fez um flash back em Minho, o lembrando do dia que sua vida mudou drasticamente, quando apenas tinha 13 anos.

--- Senhor Lee... Após a cirurgia, quando o Senhor ainda estava aqui, pensamos que depois do coma a única sequela que o Senhor Han poderia ter seria a paralisação de suas pernas. - Respirou fundo. - Porém assim que o Senhor Han acordou, também assim que terminamos o diagnóstico, percebemos que uma parte da memória do Senhor Han foi esquecida. Então finalizando, além do fisioterapeuta que eu indiquei que contratassem anteriormente, precisamos que contrate um psiquiatra para acompanhá-lo durante esse percurso, pois posso dizer, porém sem certeza, que com a ajuda de um psiquiatra, o Senhor Han talvez poderá recuperar a memória aos poucos. Desculpe, com licença. - Saiu, deixando Minho paralisado ao ouvir aquelas malditas palavras.

Não sabia se ficava feliz por Han ter acordado ou drasticamente devastado por Han, o amor de sua vida, não se lembra de si. Simplesmente não poderia acreditar nisso. Como tudo mudou de repente? Não estava pronto para isso mais uma vez, não conseguiria. Minho continuou parado de frente para aquela porta desde que aquele médico saiu. Sua mente estava perturbada, seu corpo enfraquecido, passou dois dias apenas tomando água e agora de repente tudo veio à tona. Ao choque, apenas caiu no chão, deixando suas emoções a flor da pele, deixando suas lágrimas descerem. Por que tanto sofrimento? Por que isso de novo?... Por que Jisung? Por que ele? Havia perdido tudo que lhe restava...?

Changbin abraçou Seungmin com força, começando a chorar ao ver Minho tão devastado. De todas as pessoas do mundo, não entendia o porquê de tanto sofrimento para a vida do amigo.

Seungmin também não conseguia ver o amigo tão devastado, não apenas ele como Jisung, pois havia perdido a memória dos amigos, tudo que passaram, tudo que ainda estava por vir.

Minho não queria, mas olhou sem nem perceber para a caixinha de alianças, sentindo seu corpo estremecer. Queria que aquilo tudo fosse um sonho. A vontade que tinha era jogar as alianças pela janela, mas as guardou.

Continuou no chão, apenas tentando recuperar as forças. Sua mente fazia questão de lembrá-lo do dia que sua mãe morreu, que consequentemente levou a morte de seu pai. Estava como ficou há doze anos atrás, devastado ao ver que não teria como voltar atrás.

Changbin largou do abraço de Seungmin e foi em direção à Minho, para tentar confortá-lo. Se sentou ao seu lado, o abraçando muito forte, enfim de ajudá-lo e si ajudar. Assim como Minho, Seungmin e Changbin estavam devastado. Mas Seungmin não poderia deixar que tudo acabasse ali, Jisung não havia morrido, Minho teria que continuar.

𝗗𝗶𝗴𝗮 𝗠𝗲𝘂 𝗡𝗼𝗺𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora