𝗗𝗶𝗴𝗮 𝗠𝗲𝘂 𝗡𝗼𝗺𝗲

𝑨𝒑𝒆𝒏𝒂𝒔 𝒗𝒐𝒄𝒆̂.

2023, 25 de dezembro.

— Está de palhaçada comigo, só pode.

– Ji, entenda... Eu realmente quero ir lá para te visitar, mas eu tenho medo dos seus pais... Eu não sei se eles gostam de mim ou não. E ainda tenho que cuidar de olhar toda hora para saber se meu currículo foi aceito em Busan.

— Mas você não ia mandar o currículo para Seul onde eu vou trabalhar? Min... Como vamos nos ver se vamos estar em cidades diferentes?

– Não fique desesperado, Ji... Talvez eles nem me aceitem, você sabe que está sendo difícil para eu conseguir emprego em um hospital por conta da minha idade. Eu sempre vou estar com você, vou fazer de tudo para estar, mas eu realmente não quero me encontrar com seus pais.

— Eles não mordem, Minho.

- Prefiro prevenir.

Jisung desligou a ligação, estava realmente triste por saber que Minho iria para Busan, não queria ficar distante dele, queria tê-lo o mais perto possível. Mas as cidades não ajudavam.

Minho ficou triste, porém queria dar o melhor futuro para Jisung, queria continuar com ele para sempre, mas estava sendo difícil conseguir emprego e se ele fosse aceito em Busan, não poderia negar a oferta mesmo que isso significasse ficar longe de Han. Mal conseguia dormir direito ao pensar que poderia ser aceito a qualquer hora. Não era uma escolha, era apenas aceitar. Independentemente de tudo, iria fazer o possível para conseguir ficar perto de Han. Minho sabia que essas férias seria para que pudesse descansar depois de seis anos estudando, porém tinha medo do futuro, depois de tantas vezes que Hyunjin o diminuía, passou a acreditar que não poderia ter capacidade suficiente para conseguir trabalhar. Pensar em Hyunjin era a coisa que Minho mais queria ignorar, esperava não encontrar ele nunca mais.

De tanto mandar currículo para vários sites de empregos, Minho acabou dormindo com o rosto em cima do computador.

[...]

Ao ouvir o toque do celular, Minho acordou rapidamente ao pensar que poderia ser a notificação que foi aceito no novo emprego, porém era uma notificação de ligação perdida de Jisung.

Lee ligou, retornando a ligação de Jisung.

- Alô?

— Min... Me encontre na Ponte Hannan? Quero conversar com você. Te amo.

- Aconteceu alguma coisa, Ji?

— Não, eu apenas estou com saudades. A gente está na mesma cidade mas faz já uns dez dias que a gente não se vê.

- Tudo bem, já estou indo.

Minho se arrumou e foi direto para o Rio Han. Pegou seu carro e dirigiu calmamente, olhando o trânsito enquanto ouvia o rádio. A vida estava mais leve, sem muitas preocupações, apenas viver. Esperava ansiosamente para ver Han a cada dia, hora ou minuto que ficava longe dele. A conexão que tinham era algo surpreendente, algo que ninguém poderia separar. Chegou ao Rio Han, vendo Jisung no começo da ponte. Então foi até ele.

- Que demora. - Deu um abraço forte em seu namorado.

- Calma, você vai me quebrar. - Sorriu descontraído, fazendo o outro lhe dar um tapa em seu ombro.

- Não fica tão longe assim, você sabe que eu fico preocupado, não quero que desista de mim. - Jisung estava emotivo. Sentia-se bastante triste por não conseguir falar todo dia com Minho, já que precisava ir ao hospital psiquiátrico que trabalhava.

- Eu nunca vou desistir de você, nem que você não me queira mais, eu te amo e vou te amar para sempre. - As palavras fizeram Han se acalmar mais, o moreno era tudo que Han queria, poderia viver sem água, mas sem Minho não conseguiria.

- Eu te amo muito, eu só quero você.

- Vamos-nos casar e vamos ter dois filhos, um cachorro poddle e três gatinhos. - Mostrou-lhe o sorriso, fazendo Jisung sorrir bobo.

- Então trate de providenciar logo as alianças. - Disse querendo fazer uma cara de bravo.

- Como você quiser, meu amor. - Abraçou com força seu namorado, o virando de costas para poder beijar seu pescoço.

- Não quer dormir lá em casa? Hm? Quero dormir com você hoje, cansei de dormir sozinho. - Jisung disse, se afastando de Minho, pegando sua mão fazendo-o lhe seguir.

- E quem disse que eu vou te deixar dormir? - Sorriu sapeca.

Seguiram seus destinos para a casa de Han, nada poderia estar mais perfeito, estavam juntos e se amando, era a vida que queriam... Era a vida que tinham...