Capítulo 7: Dia do desafio

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Naquela noite eu tive um sonho, com um homem com um cajado na mão, era o mesmo homem da outra vez, mas nesse sonho ele dizia:

— Nurion, Nurion! Como assim não sabe lutar? Agora acorde guerreiro!

Depois disso, levantei num pulo, respirei fundo e percebi ter sido somente um sonho, olhei ao redor, foi aí que vi que novamente Mirian estava sentada do lado de minha cama, ela olhava fixamente em mim.

— Você ainda não lembrou de tudo, precisa se lembrar o quanto antes, para seu próprio bem. Ontem de noite, sei que te deixei sozinho no lugar secreto e peço desculpas, mas foi por uma boa razão, eu estava tentando convencer meu pai para reconsiderar sua decisão, mas não consegui, por isso eu digo, é bom que você se lembre de como é lutar, pude observar os seus desafiantes, não será nada fácil, mas rezo que você consiga, vai por mim, vai precisar!

Dei um leve sorriso.

— Não precisa pedir desculpa, eu que preciso te agradecer, desde que cheguei aqui, você foi  e está sendo, boa comigo, sem você tem certeza que estaria perdido!

Ela retribui.

— Para mim, é uma alegria ajudar os outros, o que fiz, aprendi com minha mãe, ela sempre disse, para fazer o que seu coração manda e o meu mandou acolher você. Mas nossa conversa vai ter que acabar, está na hora de irmos!

Porém, eu já não estava prestando atenção no que ela falou, pois, atentamente a olhava, admirado como podia existir tamanha beleza, seu rosto parecia ser esculpido por anjos, seus cabelos negros, presos por uma fita branca, seus olhos, cor de mel, seus lábios eram vermelhos na forma de um coração, usava um vestido branco, que tinham pérolas azuis cintilantes, minha respiração ficou mais rápida, meu coração começou a bater mais rápido, quando volto a mim com ela me chamando:

— Nurion? Nurion?!

"Acho que me deixei levar".

— Me desculpa, acabei me distraindo.

Ela sorri.

— Deu para perceber (risos), mas agora sério, está realmente na hora de irmos.

Eu e ela nos entre-olhamos, não percebemos, mas estávamos com as mãos dadas, quando ela olhou e viu, soltou da minha mão toda envergonhada.

— Você ficou vermelha de vergonha (risos).

Ela me provocou rindo.

— Você também está... (risos).

Confesso, aquilo que ela disse, me deixou envergonhado, nos deixando empatados, depois disso ela se levantou e foi em direção a porta, levantei da cama, coloquei meus calçados e a segui, como era normal, descemos as escadas, passamos pelo corredor, passamos pela porta da sala do trono, até chegar na porta que quase dava acesso para a saída, pois depois daquela porta, teve um local onde tinha vários soldados andando, e mais a frente o portão de saída, andamos até o portão, que tinha dois guardas, um, na esquerda e outro na direita, do portão eu quase conseguia ver todo o lado de fora, Mirian falou aos soldados que abrissem o portão, mais do que imediatamente, um dos soldados apertou um pequeno botão que fez o portão abrir-se e nos dar passagem, quando o portão terminou de abrir seguimos em frente, do lado de fora, tinha um gramado verdejante, não tão alto, sinal de que era bem cuidado as casas eram parecidas, só de cores diferentes e alguns se diferenciam no tamanho, porém não vi nenhum pobre, nenhum mendigo, todos eram tratados da mesma maneira, com justiça e igualdade, preservando a paz e a união, esse reino era bem cuidado e limpo, nunca vi nada igual, passamos por um local que estava completamente interditado, fiquei curioso ao ver.

— Porque esse lugar está interditado?

Mirian olha com tristeza para a biblioteca.

— Esse era o local onde ficava a biblioteca, depois dos livros serem quase queimado junto com o local, o meu pai mandou que interditasse e proibiu e ainda proíbe a entrada.

Nurion: O guerreiro da estrela D'alvaOnde histórias criam vida. Descubra agora