Capítulo 9: Luta entre deuses

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Acordei no meio da noite, olhei para o relógio que brilhava no escuro quando tocava um botão, eram 3 da manhã, e eu sem sono, com minha cabeça doendo tanto que me deixava até zonzo, olhei ao redor, estava tudo silencioso e escuro, apesar de estar sozinho, sentia como se alguém estivesse me observando, tudo começou a se transformar, vejo um guerreiro sendo atacado, seu olhar era de tristeza e derrota.

— Tomara que esta mensagem chegue até você Nurion, fomos atacados, muitos guardiões morreram em batalha, seu planeta foi tomado pelas trevas, e agora Ergus irá até o planeta Quenty e fará todos escravos como fez com o povo do seu planeta, tomara que já tenha lembrado de tudo, pois só assim você não será enganado, pois, ele tentara te fazer se aliar, rápido Nurion, que a estrela D'alva esteja com você!

Tudo ficou escuro novamente, meus ouvidos zumbiam tanto que parecia que minha cabeça ia explodir, sentei na cama meio tonto, pensei comigo mesmo quem poderia ter enviado essa mensagem, e como sabia o meu nome, pus-me a deitar, mas depois desse sonho, tentava encontrar uma posição para dormir, mas apesar de tentar, o sono não vinha, passou-se o tempo, o relógio despertou, eram já 7:00 na mesma hora alguém bate porta de meu quarto.

— Está na hora, vamos todos estão te aguardando!

Sentei na cama, ainda tentando acordar, me levantei, fui ao banheiro lavar o rosto, e fazer a higiene pessoal, troquei de roupa, pois eu estava com pijama, coloquei meus calçados, novamente a pessoa bete na porta.

— O rei está esperado, você está 3 minutos, atrasado, ele é impaciente enquanto a horário!

Após estar pronto, abri a porta e era um soldado, ele estava me olhando sério sem expressar nenhuma reação.

— Vamos, o tempo está contra nós e muito mais contra você!

Não entendi o porque ele estava falando dessa maneira.

— O que você quer dizer com isso?

Ele nada me respondeu, me escoltou até gigantesco coliseu, me deixando na porta, seu olhar era de compaixão.

— Talvez seja a última vez que nos vemos, o que está para enfrentar, é muito maior do que qualquer guerreiro pode enfrentar, bons guerreiros morreram para os vilões que estão atrás dessa porta, porque não adianta ser só bom, você tem que ser excepcional, não é exagero dizer, um nível deus.

Antes que eu pudesse o responder, ele se virou e foi até o castelo, entrei, logo pude perceber que havia muito mais gente que ontem, procurei por Mirian, mas não a achei, ela não estava em nenhum lugar, o rei percebendo minha chegada se levantou.

— Ouve umas mudanças nos seus adversários Nurion, é bom que tenha tido uma boa noite de sono. Bom que comece o torneio.

Todos se espantaram com o que foi dito, na mesma hora, a terceira porta começou a se abrir, diferentemente das outras vezes, não dava para escutar nada, a porta se abriu completamente, mas nada saiu de dentro dela, o vento começou a assobiar, de repente em passos lentos, que não faziam sons, observo a sombra de uma mulher vindo em minha direção, em um piscar de olhos ela desapareceu, sem eu notar ela estava atrás de mim, quando me viro recebo um soco no rosto, que me faz cair no chão tonto, me recuperei rapidamente e fui contra-atacar, e desferi um soco, porém ela defendeu, pegou fortemente em meu braço, me girou e com toda força me jogou do outro lado, me fazendo mais uma vez bater na proteção, me levantei, e ela já veio com tudo, me deu uma rasteira me fazendo cair no chão, ela colocou o pé na minha garganta...

— Estou decepcionada, me falaram que você seria difícil de derrotar, mas foi o mais fácil que eu já enfrentei em toda a minha vida!

Ela estava me enforcando, suas unhas começaram a crescer, ela encravou as unhas na minha pele, me fazendo gritar.Ela sussurrou em meus ouvidos...

— Isso mesmo sinta, porque é a última coisa que sentirá, será a dor!

Tentei me mexer, mas todos os meus movimentos estavam paralisados, nela começou a sair pernas de aranha, era metade aranha metade mulher, começou a me enrolar em suas teias, minha visão ia se escurecendo, escutei alguém dizer:

— Bom já era, não tem como mais ele escapar.

Não conseguia me mexer, não podia acreditar cheguei até aqui, para ser devorado vivo, mas não vou desistir, meus olhos começaram a ficar um amarelo brilhante, em minhas mãos apareceu uma lança dourada brilhante, não sei como fiz ela aparecer, mas logo a segurei firmemente e rasguei a teia, pulando para fora e desferindo um golpe sobre o rosto daquela monstra, cortando seu rosto e fazendo sair sangue? Não, não era sangue, era uma gosma verde nojenta, ela passou a mão na cara e lambeu... Estava furiosa...

— Farei você se arrepender. Arrancando não somente sua pele! Mas também sua alma!

Dizendo isso, da gosma verde começou a sair aranhas, que a envolviam, ela se transformou em uma aranha gigantesca, ela atirava teia em mim, tentando me imobilizar, mas eu rasgava com minha lança, pulei na direção dela, e fiquei a lança nas costas dela, ela se debatia, eu acabei escorregando, e com muita força fui jogado, mas firmei meus pés na terra e me levantei, e uma imensa poeira se levantou, minha lança ficara fincada nas costas daquela aranha, eu tinha que pensar num modo de tirar aquilo de ela de lá, mas como? Ela ainda me procurava.

— Não se esconda pulga, apareça! Nunca tive a oportunidade de me apresentar para alguém, mas você superou minhas expectativas, meu nome é J'asaá. (J'asaá significa: A morte chegou)

Distraído acabei caído em uma das suas teias, que fez barulho ao chacoalhar, pensei que ela não tinha ouvido, mas de repente sinto patas sobre minhas pernas.

— De todos, você é o que mais quero devorar!

A poeira abaixou, percebi que minha lança continuava fincado nas costas dela, tentava alcançar, mas estava longe demais e eu ainda estava preso, ela aproximou sua boca com dentes pontudos, o bafo com cheiro de podridão.

— Lutou bem, mas hoje é o último dia que você vera o sol!

Ela começou a abrir sua enorme boca, mas na minha mão apareceu outra lança, feita de energia, e joguei dentro de sua boca, que a fez engasgar-se, com isso ela caiu no chão, com outra lança de energia rasguei a teia, pulei nas costas dela, peguei a lança fincada em suas costa, a rasguei no meio, fazendo a cair mas dessa vez morta, peguei sua cabeça e ergui.

— É só isso? Se isso é um desafio, não era para ser desafiador? ( Sei que fui provocador, porém nessa hora estava cansado das provocações do rei).

Olhei com raiva nos olhos do rei o encarando.

— Sei o que vai dizer, ainda falta um desafio, mas como resposta digo, pode colocar qualquer um, que destruirei, agora mostrarei a você todo o meu poder.

O rei me olhou com ódio.

— Não fique convencido ainda, o torneio não acabou, e o último vilão é o mais forte de todos! Que se abra a última porta!!

Nurion: O guerreiro da estrela D'alvaOnde histórias criam vida. Descubra agora