Capítulo 13: Ódio

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Capítulo Narrado por Rignor...

Enquanto isso...

— A finalmente, a hora chegou, o planeta está perfeito para mim!

Um dos soldados chegou ofegante depois de ter corrido.

— Meu senhor... Desculpe... O incomodo... Mas seu pai te chama... Vim correndo por isso estou meio ofegante...

Fui até meu pai, ele estava sentado em seu trono, ainda estávamos no mundo de Anrás,de todas as minhas conquistas essa foi a mais fácil de todas, dominamos mais esse planeta, agora meu foco é dominar o planeta Quenty, meu pai pensa que estou preparando esse planeta para ele, ele não faz ideia de minhas intenções, mas cheguei aos pés do trono e me ajoelhei em sinal de respeito, "Como odeio essa humilhação, um dia ele se ajoelhará perante mim" pensei com ódio em meu coração, ele parecia alegre.

— Estou muito orgulhoso de você, tem me mostrado seu valor, depois de muito tempo, finalmente posso te elogiar, e por isso te chamei aqui para comemorarmos.

Ele se levantou, colocou suas mãos sobre meus ombros...

— Logo mais você se tornará meu herdeiro, e será tão forte quanto eu!

Ele tirou as suas mãos do meu ombro e bateu palmas, no mesmo instante os serventes foram preparando a mesa para a janta, foi aí que vi minha oportunidade...

— Vou ver o que o cozinheiro está preparando, quero que tudo esteja bom para vossa majestade!

Meu pai pareceu estranhar.

— Não me chama mais de pai?

Não o respondi, e fui até a cozinha.

— Está tudo pronto cozinheiro?

O cozinheiro estava trêmulo.

— Tem certeza que vai dar certo seu plano? Não quero morrer, sei do que seu pai é capaz!

Acabei me alterando...

— Ele não é meu pai! Nunca foi!

Respirei fundo... Mais calmo...

— Me desculpe, mas nunca mais diga essa palavra na minha frente!

O cozinheiro assentiu positivamente...

— Não se preocupe, vai dar tudo certo, o veneno que irei colocar, age de forma lenta, ele morrerá lentamente sem nem mesmo perceber, quando perceber será tarde de mais, confie em mim!

Saí da cozinha, olhei para mesa e lá estava ele, sentado na cadeira mais chamativa de todas, olhando para mim, como isso me irrita esse olhar de deboche, faz eu querer pular na garganta dele, mas uma vez que sei que não sou ainda páreo preciso esperar o momento certo, eram perto dá, 00:00 e meu pai me indagou...

— Vai ficar aí parado? Vem aqui do meu lado, vamos aproveitar!

Me sentei em sua direita, e logo os serventes começaram a servir-nos, meu olhou para mim e sorriu.

— Esse planeta Ánras é perfeito para nosso domínio, o povo daqui é forte, saudável, o trabalho para eles é como se fosse uma brincadeira de criança, me surpreendi, a cada planeta que conquisto, meu exército e minha força ficam mais fortes. E quando eu morrer você filho herdará tudo o que é meu e sei que logo se tornará tão forte quanto eu.

O vinho era do mais caro e raro de nossa espécie, era o vinho de Thânt, seu sabor era único, não existia outro como este vinho, e era nesse vinho que eu coloquei veneno, meu pai me viu comendo, mas estranhou por não ver eu beber algo...

— Não ira beber?

Dessa vez eu sorri...

—Não hoje é um dia tão especial para mim, que não quero perder nenhum momento.

Pensei comigo mesmo "Você não faz ideia do tanto que esperei por esse dia",  meu pai se levantou de sua cadeira e se aproximou de mim...

— Filho...

Odeio quando ele me chama assim... Inesperadamente ele me abraçou... ( Estranhei porque nunca ele tinha feito isso)

— Filho, peço perdão por tudo que fiz...

Perdão?! Nessa altura do campeonato? Ele pensa que vai ser fácil assim? Não respondi nada...

— Sei que fiz muita burrada com você, quando você era criança, eu não mereço um filho tão bom como você! O problema nunca foi você, mas foi eu mesmo, eu não estava pronto para ser pai, quando sua mãe morreu, fiquei perdido, perdido para te educar, perdido para te amar... Sei que nunca ouviu da minha parte eu te amo... Mas filho do fundo do meu coração eu te amo... Se você quiser podemos recomeçar... Quero ser melhor do que fui... Quero ser melhor que sou...

Nesta hora não consegui me controlar, dei um soco fortíssimo na mesa e falei furioso, o fazendo se assustar e se afastar de mim... Porém minha raiva acabou me prejudicando, porque percebi que ele não havia tomado do vinho...

— Eu não aguento mais disfarçar! Você sempre me humilhou na frente dos outros! E ainda continua fazendo! Você acha que gostei quando você me espancou, só porque eu fui pego roubando e eu sabia que tinha sido você que tinha me forçado a fazer aquilo! Depois que você saiu, o dono da loja me perguntou se tinha sido você que tinha me forçado a roubar, e como ainda era ingênuo e não queria te perder... Mas sabe eu deveria ter falado! Mais isso não importa! Não quero saber, de suas desculpas! Não quero! Eu odeio você!

Me levantei furioso e sai, não olhei para trás, escutei ele me chamar, mas não atendi, minha raiva, meu ódio tinha petrificado o meu coração e qualquer coisa que ele me dissesse não me convenceria, já sei no que vai dar tudo isso, ele me pede desculpas, mas chega o outro dia ele me ignora, me humilha dizendo: "Você acha que eu disse aquilo seriamente! Eu não ligo para você!" Teve um tempo que considerei perdoar ele e esquecer de vez essa história de vingança, mas até que na frente do conselho ele disse assim: "Eu me envergonho de ter um filho, antes queria que não tivesse nem nascido do que passar essa vergonha, essa humilhação que passo"Não nem se atrevam ter dó de mim... Não! Eu não irei me lamentar, irei me erguer e meu pai que fez isso comigo, um dia ele se ajoelhará diante de mim, eu serei rei de todas as nações, ninguém me subjugará, sou Rignor o rei das trevas, já chegou o momento de meu reinado, eis que a escuridão, impera sua dominância (Gargalhada maléfica)!

Nurion: O guerreiro da estrela D'alvaOnde histórias criam vida. Descubra agora