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Playlist da fic:
https://open.spotify.com/playlist/32dbSGozZl9JAeMX2al3GF?si=-JXi5c3oRYCQJ569yzymGQ&pi=u-Fmmpi-ttQduU
Nathaniel tinha três anos quando apanhou pela primeira vez.
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Nathaniel corria pelos corredores da casa, tentando ser o mais silencioso possível, já que seu pai estava trabalhando no porão e sua mãe estava na cozinha fazendo o almoço.
Ele chegou até a cozinha animado, mas parando de rir quando viu sua mãe com uma expressão raivosa no rosto, mesmo com três anos, Nathaniel se achava muito inteligente, pq teve que aprender a ler cada expressão de sua mãe, para saber se aquele era um bom momento para falar ou não.
Ele decidiu que não era um bom momento.
Mesmo assim ele se aproximou devagar, como se estivesse se aproximando do gato da vizinha que sempre pulava o muro de sua casa.
— Mamãe? — Arriscou se aproximando, vendo sua mãe respirar fundo e soltar a colher que estava usando para mexer a comida dentro da panela, desligou o fogão e olhou diretamente para os olhos azuis de Nathaniel.
— Oque você quer? — Sim, sua mãe não estava com um bom humor, contudo, Nathaniel ficou curioso.
— Aconteceu alguma coisa? — Agora estava parado a poucos metros de sua mãe, apertando seu ursinho nas mãos.
Mary respirou fundo novamente e tombou a cabeça para o lado, pensando se deveria contar ou não ao pequeno.
Quando Mary finalmente ia falar, Nathaniel ouviu passos pelo corredor, automaticamente foi direto se proteger atrás de sua mãe, ele reconheceria esses passos de longe.
— Já explicou pra' ele? — Nathan apareceu na cozinha, limpando as mãos com um pano manchado de vermelho. Olhou para Nathaniel, que se escondeu mais ainda atrás de sua mãe. — Espero que ele não cause problemas Mary, não quero mais dor de cabeça. — Olhou para a mulher de cabelos castanhos, que deu seu maior sorriso para o marido.
— Claro querido, vou me assegurar de que ele não cause problemas. — Empurrou levemente Nathaniel para se soltar dela, e foi praticamente correndo para os braços do marido, que revirou os olhos mas não empurrou a esposa.
Nathaniel olhou para os dois curioso, não era permitido chegar muito perto de seu pai, mesmo se quisesse, sua mãe sempre o repreendia quando ele tentava abraçar o pai, então o ruivo acabou desistindo e decidiu não tentar mais.
— Vai acontecer alguma coisa? Prometo que não vou causar problemas! — Disse determinado, vendo Mary o encarar pensativa e Nathan revirar os olhos.
— Nathaniel, preste atenção. — Sua mãe chegou mais perto, se agachando e ficando da altura do pequeno, que olhava para ela animado, sua mãe nunca chegou perto dele sem ser para gritar. — Daqui a pouco alguns policiais estão vindo aqui para olhar a casa, não quero você conversando com nenhum deles, você se arrumará e ficará quieto no canto, e toda vez que algum deles olhar para você, você dará um sorriso feliz, estamos entendidos? — Mary começou a mexer no cabelo de Nathaniel, deixando o menino mais feliz ainda.
— Sim mamãe! Mas aonde você e o papai vão ficar?
— Eu ficarei no quarto passando a roupa, e seu pai irá mostrar a casa para os policiais, mas lembre-se, sem conversar com policiais, ok? — Apertou o ombro de seu filho, que encarou a mãe e depois o pai carrancudo no canto da cozinha, voltou sua visão para sua mãe na sua frente e concordou com a cabeça.