Capítulo 1: Quando o Ódio Se Transforma... Em Motivação

355 47 83
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


01 de maio de 2007

Luke Alexander poderia mesmo ser o sonho de qualquer garota, afinal, ele era alto, bonito e tinha olhos acinzentados encantadores. A sua lábia, apesar da óbvia manipulação sentimental, era extraordinária.

Mas, aquele garoto ridículo nunca passou de um mero inimigo da minha paz. Para mim, aquele poço de arrogância não era nada além de uma sombra mal planejada que veio diretamente do inferno para me atormentar.

E eu não me importava se ele era belíssimo e fazia qualquer idiota suspirar enquanto sonha com ele acordada. Por mim, ele seria esmagado por um carro até toda a sua beleza se transformar em um amontoado de nojeira abstrata.

Não precisa achar que eu estou exagerando. Tenho certeza de que Luke pensa algo muito pior sobre mim.

Eu não me lembro exatamente do dia em que tudo começou. Não me lembro da primeira vez que disse que o odiava, ou quando esse sentimento brotou de dentro de mim e se alastrou até começarmos a nos atacar.

Na verdade, mal me lembro da nossa primeira desavença. Devia ter oito anos, no máximo, quando fui levada para um hospital cheia de hematomas no meu corpo por simplesmente rolar rua abaixo com ele.

Não, nós não estávamos brigando. Foi por causa de uma estúpida aposta!

Nós estamos sempre apostando. E sempre nos estrepamos no final de qualquer interação. Naquele dia, ele quebrou o braço esquerdo. Qual era a maldita aposta? O que eu ganharia com ela? Eu também não me lembro!

Talvez tenha batido a cabeça algumas vezes durante nossas desavenças. Talvez a minha memória esteja tentando me proteger em vez de me alertar do quão estúpida eu era no exato momento em que aceitei a sua maldita provocação.

Conviver com Luke era o meu pior pesado. Porém, aquele maldito, desgraçado, ferrenho e filho do capeta é melhor amigo da minha irmã mais velha e filho do namorado da minha tia.

Eu não tinha muita alternativa a não ser aceitar que ele simplesmente estava presente na minha vida como uma doença infecciosa que se espalha pelo corpo por mais que você lute contra.

E era exatamente a figura dele que apareceu diante mim bem antes da competição começar. Tudo o que eu queria era um pouco de paz, mas era óbvio que seria pedir muito naquele dia agitado na escola.

— Você não vai conseguir. — Essa frase sempre saía da boca dele, então, não me surpreendi quando o vi naquele lugar me dizendo exatamente isso.

E eu estava nos bastidores da competição de natação, onde basicamente todas as meninas estavam de maiô aguardando a sua vez. Não era o lugar ideal para um garoto imaturo, de quatorze anos de idade e que mexe com quase todos os corações, estar presente.

𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗢 𝗢́𝗱𝗶𝗼 𝘀𝗲 𝗧𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora