Capítulo 12: Quando o Ódio Se Transforma... Em desabafo

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O rosto do Luke estava tão branco como nunca vi igual

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O rosto do Luke estava tão branco como nunca vi igual. Não sabia se era por causa do medo que ele obviamente tinha de seres místicos, ou seja, do lobisomem que teoricamente vive na casa abandonada do Lago, ou se era por ver o seu pai se aproximar com o carro e notar que seu semblante estava beirando a incredulidade. Talvez seja uma mistura dos dois, mas o fato de que ele está apenas de cueca no meio da estrada e muito longe das nossas casas também me preocupava, mesmo que minimamente.

Armando parou o seu carro no acostamento e saiu às pressas junto com tia Paty. Parecia que tinha fumaça saindo da sua cabeça, e eu podia jurar que era por causa do orvalho que tocou a sua pele provavelmente quente como brasa. Afinal, ao contrário de Luke, o seu rosto estava vermelho como se tivesse engolido suco de pimenta, e da mais forte.

— O que diabos...? Luke, o que você...? – Ele não conseguiu terminar suas frases. Infelizmente não consegui parar de rir até então.

Tia Paty olhava para nós dois com os braços cruzados. Ela não parecia tão confusa, mas estava obviamente irritada.

— Samantha, eu preciso perguntar? – ela questionou voltando-se unicamente para mim.

— Ah, depende. Do que quer saber primeiro? – Eu não queria ser debochada, mas foi mais forte do que eu.

— O que vocês dois estão fazendo na beira da estrada e, pior, com o Luke vestindo apenas uma cueca!

Soltei mais um ar pelo nariz. Não era possível controlar a vontade de rir da maneira que deveria, porque ao mesmo tempo que era tudo muito sério, era igualmente cômico.

— Pergunte a ele.

— Eu? – Luke me fuzilou com o olhar.

— Sim, você. Foi você quem me trouxe até aqui correndo do lobisomem e se esqueceu do seu short lá embaixo.

— Porque você decidiu pular do barranco mesmo eu dizendo que não precisava! – ele se defendeu.

— Espera aí, o quê? Que barranco? Que lobisomem? – Armando perguntou de orelhas em pé. ­— Vocês dois estão ficando malucos, é isso?

— Como é que o senhor me achou aqui? – Luke questionou sem se dar ao trabalho de responder qualquer uma das perguntas do seu pai.

— Eu não achei! – ele praticamente berrou. ­— Estávamos indo para casa com a certeza de que você estava por lá cuidando do seu irmão, como deveria fazer. Patrícia me contou sobre as suas chamadas, mas não imaginei que fosse estar se metendo em encrenca!

Luke deu de ombros.

— Eu fui ver a competição da Samantha – explicou, me colocando em uma enrascada.

Inferno, não era para ele contar!

O encarei furiosa por isso. Fofoqueiro!

— Que competição? Você foi competir, Samantha? Não foi doar sangue hoje de manhã? – minha tia perguntou um pouco apavorada.

𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗢 𝗢́𝗱𝗶𝗼 𝘀𝗲 𝗧𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora